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cronicas-->Quando Você Muda -- 22/12/2002 - 23:18 (Rachel de Azevêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Depois que eu comecei a observar o poder de mutação das situações, passei também a ter uma quietude de espírito inacreditável. Isso porque eu sempre fui imediatista. Não sei, acho que a idade ajudou muito nesse aspecto. Aquela sensação de que o mundo vai se acabar no próximo minuto, ou de pensar na vida bem mais curta do que é realmente. Era aquela ansiedade, vontade de viver a vida inteira num dia, ou no tempo mais curto que pudesse conseguir. Mas não funciona. Aliás, atrapalha. Você acaba fazendo bobagem, dando vacilo por nada.
Sabe aquela velha frase, que os pais gostam de dizer quando você quer fazer alguma coisa que eles não querem deixa: "tudo tem seu tempo certo."? Pois é! Ela é de verdade. Tudo tem um tempo certo de acontecer. Esse tempo não é, necessariamente, daqui a três, cinco anos. É quando você estiver preparado. E isso requer, sim, um pouco de tempo, porque, convenhamos, a maioria de nós não enxerga a vida da maneira certa. Então, é preciso que se pare, pense e mude. Essa é a ordem natural das coisas acontecerem. Tudo muda, o tempo inteiro. Você muda, eu mudo. E eu mudei um bocado! Foi tão rápido que nem deu tempo perceber. Só quando você pára e presta atenção é que vê.
Imagina só! Hoje eu falei pra Verónica que quero me casar. Quem era eu! Não queria ouvir falar sequer em namoro sério! Imagina, então, em casamento! Claro que isso foi trauma da separação dos meus pais, como quase todas as minhas encanações. E eu bem que deveria continuar com aversão, já que o atual casamento do papai vive num termina e volta infeliz. Por esse tipo de acontecimento é que não sou a pessoa mais apta a falar sobre esse tema. O fato é que tenho vontade de me casar. E sei exatamente por quê.
Sou a pessoa mais instável com quem já convivi. Nunca consegui namorar muito tempo com a mesma pessoa. Um dia qualquer, por motivo nenhum, terminava. Por isso, sei que no dia em que conseguir namorar a sério, será o cara certo pra mim. Aquele por quem eu vou cometer inúmeras loucuras, brigar com os meus pais, esquecer que existem outros homens no mundo, e, enfim, casar.
Bom, na verdade, não é que eu queira casar. Isso é consequência. Quero é achar o tal cara! Detesto solidão, e geralmente me sinto assim, até acompanhada. Quero me sentir apaixonada, gostar das coisas simples, achar que todos os dias são bonitos, até os nublados. Quero alegria na minha vida, porque eu já não me suporto com essa minha depressão. Não sou a melhor das criaturas, nem das mais fáceis de se conviver (Verónica diz que sim!). Quero quem me conheça, dos defeitos às virtudes. É sério, tenho defeitos insuportáveis. Quem conseguir sobreviver a eles, será muito feliz, porque com exceção disso, eu sou uma pessoa maravilhosa! E modesta também... Mas tem que ser esse cara. Se não, é melhor ficar sozinha.

Ana Rachel de Azevêdo
08/11/02
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