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Cronicas-->INGREZIAS DUM CHATO DE GALOCHA -- 23/12/2002 - 11:15 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem na vida ainda não se defrontou com um chato de galocha? A gente vê logo que, das três, uma: ou a gente acordou com a braguilha virada, ou de ovo trocado, ou pisado em rastro de corno! Êta, dia, hem? Santa malagueta no oiti-goroba do caiporento.
Bem, como não temo superstição, num torço pro Fluminense (se bem que o meu Flamengo tá prestes a se enquadrar numa segundona, ó), nem alinhavo reza prá devotado, sei que ninguém está isento de tais incongruências, principalmente naqueles dias em que a gente vê que a vida menstruou ou está perto disso e, por mais que o sujeito se esforce, até a tpm dela deixa a sorte de quem joga no ataque, sempre levando a bola pro gol contra (será que a CBF também anda se metendo com a minha vida, hem? Num basta a desgraceira do futebol brasileiro?).
E olhe que a nuvem preta parece mais um dos daqueles mísseis teleguiados da artilharia de última geração norte-americana, duvide não. Também num adianta abrir um chão e se socar, nem dar uma de avestruz, a coisa tatua no toitiço do imputado dele fazer careta por tempos imprevisíveis.
Principalmente porque esta raça de peitica está sempre nos lugares onde a gente precisa resolver alguma coisa, ou na vizinhança querendo botar gosto ruim em tudo, dono da verdade, autosuficiente, pabo, que atanaza mais que dor de dente queiro. Verdade! Tem biqueiro assim que bota gosto ruim até em domingo ensolarado. É feito cólica de diarréia, daquela de deixar fissura na tripa gaiteira. E o fedor, hem? Pior que mijatório masculino! Hum!
Essa estirpe de munganguento dá-se ao luxo de promover enlace matrimonial dum cachorro da Vera Loyola, ao som de Mendhelson e celebrado pelo Papa João-de-não-sei-das-quantas-III. Ou mesmo cultuam a filosofia dos ruralistas: a bosta dum mangalarga marchador ou dum quarto-de-milha valem mais que o respirado de gente, num é não ex-presidente?
Bem feito, tanta gente passando fome e as dondocas numa cerimónia tão desproposital e os direitistas aprontando no arroto do mando, do mundo girar segundo sua vontade. Mania mais sem jeito!
A quizília desses amolestados fica no osso do mucumbu escolhendo colhão para ferroar, é cada trincada do nego ver estrelas meio dia em ponto. Um verdadeiro angu-de-caroço, daquele que a gente enguia mal chegando na goela.
Esse bicho cricri, é um chute no saco, uma pisadela no calo inflamado do pé (justo nele!), um cricrilar no ouvido amolando o juízo de trincar o dente da gente de raiva. É todo cheio da chicanada de não poder disfarçar suas birras com a pacutia do cabuloso, chega dar nos nervos: primeiro, vem com aquela soberba adiantada caluniando tudo; segundo, vem o escárnio de gravata com sua diatribe acerba, fazendo estrago na boa vontade do cristão; terceiro, vem a patacoada do recalcamento se passando por missa-seca a nos dizer o que está certo ou errado, obstáculos buscados nos cafundós burocráticos da má-vontade e que só se resolverá em meses vindouros, dependendo do alinhamento dos planetas no dia aprazado. Vai-te pr uma porra, indigesto!
Besteira, é só precisar de órgão público e na lata a gente vê ele se aliviando na avania: - o seu cadastramento foi efetuado em duplicidade, temos que renomear seus dados para amanhã o senhor vir saber se já foi efetuada a alteração necessária!
Isso depois do sujeito coarar por horas numa fila de quinhentos metros com meio mundo de gente de maus bofes, injuriados até a sêxtupla geração.
Ou: - olhe, o sistema está fora do ar, sem previsão de retorno! - Essa é de deixar o cara abatumado, mais constrangido que goleiro quando engole frango.
Ou, ainda: - os seus dados estão incorretos, o seu Luiz aqui está com "z" e nos nossos arquivos está com "s", infelizmente o senhor procure aquele outro guichê para se recadastrar! -, essa anima a paciência? Precisa de mais exemplos para se ter uma idéia da urucubaca?
Oxente, bichim! Deixa disso. O pior não é nada, é o pitaco. Peru de jogo com cartas marcadas.
Ou, então, anos sonhando em adquirir aquele utensílio da maior utilidade para vida mais confortável e descanso do guerreiro, quando o enfaroso: - num presta! Foi caro, bom mesmo é o ....
O melanose provoca maior discórdia em tudo, o do contra, abufelado com aquela cáustica mania de querer consertar tudo segundo o seu juízo insano, no maior convício dos despautérios. Abelhudo azedo com ferrão em riste, bota defeito em tudo. E não se toca, menor senso de ridículo.
Quem se depara com um traste desses num vê a hora de se livrar da borrasca que fica pinicando todo corpo do ser vivente.
Esse tipo de povinho gosta mesmo de comprar animosidade duma rixa gratuita, percebeu? Incha atá fazer enfisema no juízo feito uma tijolada no quengo.
Se o Brasil ganha ficam puto porque o povo tá zanolho comemorando enquanto o governo pratica as maiores impropriedades; se perde, acham bem empregado porque os caras da bola estão rico e o povo passando fome. Só vota se Jesuis descer do céu e se candidatar, ou nem isso, enquanto trata o resto de farinha do mesmo saco.
Não vê solução em nada, nem mesmo no gênio dele. Não gosta de música, detesta futebol e tem repugnància por pobre como se fosse um condenado divino.
Pois bem, já trabalhei com alguns desses, já fui vizinho dessa laia imprestável e ainda hoje encontro muitos deles que implicam com o mínimo ou com o eixo do sol ou com a cor do mar.
Um desses que conheci, igual a todos os outros quizilentos porque são menores que seu próprio tamanho, era mais conhecido como caga-raio, ruim dos bofes, doente de raiva. Era casado com uma bonitona cobiçada, reboculosa e simpaticíssima. O oposto, mesmo. Ele costumava chamar todo mundo de corno e esquecia de olhar pro rabinho dele se queimando na mais profunda maledicência.
Em casa mesmo, servia de enfeite; nem falar, falava. Quando abria a porta e via o mundo, o pimponete se transformava num piririca inclemente criando dares-e-tomares com sua alrotaria. Nem aí pro seu sal que se pisava. Óxe, podia pisar, ele nem-nem. Menor remorso.
Cá comigo: é dessa gente que se faz a hierarquia nos empregos e formam o reino da incompetência que se alastra em nosso país.
Por isso, quando eu me vejo importunado por um desse tipo, eu sorrio com a inteligência mínima dos mandantes. Ó, meu Brasil, bié bié bié glup glup!

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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