Se eu pudesse arrancar toda a raiva de meu peito
das órbitas desesperadas de meu rosto
então meu olho esbugalhado pularia
e todo esse sentimento inutil romperia
num pranto sem fim, sem gosto
E na sua fragilidade, em seu folego ofegante
em minhas mãos, teu pescoço envolveria
derrubando toda mágoa, destruindo todo desamor
nesse carinho louco, inconsciente
todo gozo, e toda vida morreria
estampando em meus olhos toda raiva, toda dor, toda alegria
cravando em teu pescoço um sentimento inconsequente de um amor tão doente
FC 01/19/03 |