Olha a folha, tralha que dá na telha. Molha casa por causa da falha. Malhando o mundo pelas migalhas que vivemos. Velha goteira, grande gargalhada, certeira festa trás brincadeira. Fresta que entra mamadeira, varejeira, cerejeira, flor-de-laranjeira. Empresta um pouca de cândura, segura o tempo as rugas, me fazem madura, dura verdade:
A vaidade arde em toda idade, deixa pra posteridade a malandragem, sua sequencia de mitos, sua falência num grito, sem inocência assisto a qualquer cena, quase sempre a mulher é o tema, mas também.
Quem não levanta a tanta formosura? Realidade obscura, procura altivez. Vez, da malícia, da milícia invisível, talvez o incrível é ver como o ter é mais valorizado que o ser.
Ontem, entrei neste labirinto das palavras, clavas de absinto. Quando, de brando me liberaram, eu rindo disse seguindo uma mesmice: você está me abandonando, me expulsando, expurgando, aniquilando, matando, detonando, esbofeteando, massacrando, falindo, iludindo, eliminando, tirando, deixando, largando, naufragando, queimando, crucificando, esquecendo para os reservas?
O verbo é doido, dolorido servo é meu dedo, que destrói minha imagem, dominada pelas comparações. Tantas intenções, destilam as sensações mais, mais, mais:
Francas, sinceras, verdadeiras, corretas, transparentes, reais e representantes da alma em letra, em descrição, em declaração, em comparação, em redação, em ação linguística, em pista que cospe uma intenção:
Tua respiração, tua decisão, tua emoção, tua reação em RESPOSTA. Se gosta, volta por que me sinto solta, noutra vida que não é minha. Sou sua, lembra?
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