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Poesias-->Cataclisma Uniformemente Neo-Progressivo -- 14/01/2000 - 10:06 (Davi Kendy Yorozuya) |
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Ponte que gira
a cidade flutuante,
faz-me girar em torno de nada.
Caminhos que nunca se iniciam
e voltam ao mesmo lugar
Trancado por quatro paredes,
a paranóia salta em copos d agua
de todos os suicidas
que pulam da ponte
O barulho infernal do relógio,
traz-me a insônia
dormindo direto em meus braços.
É a agonia que enfraquece
Vadios gritando a noite
vomitando em caos aparente
do dia-a-dia tedioso.
Faz parte da minha tribo
Ódio trazido por cinzas
que compuseram meu corpo físico.
Restaram apenas os olhos
tensos como um cataclisma
Sonho em uma queda da ponte
encerrada sempre na mesma montanha.
Nada mais são do que sonhos
cinzas em águas poluídas
É a morbidez do estado de espírito
que cria a revolta das marés.
Imprevisível, destruidor
Vejo a ponte desabar
ilhando a cidade flutuante
Destruição vinda do teu olhar azul-profundo.
Ruínas que oprime a alma
da tua solidão na noite passada.
Desculpe, mas não pude te ajudar.
Estava ilhado na cidade flutuante
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