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Contos-->A morte -- 07/04/2003 - 18:40 (Priscila de Athaides Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A morte

A morte ainda invade os meus mais profundos pensamentos, brincando de segredos com as minhas palavras, ela se esconde nas entrelinhas das minhas ações e é o silencio das minhas perguntas, nunca é resposta, a morte não quer que eu descubra pra que é que eu vim, dificultando a minha existência nessa terra que só me desprezou. A morte é traiçoeira, é serpente... Ela se esconde no rosto daqueles que eu amo e me mostra o que as expressões deles falam sobre mim: “Morra, morra, morra...” Mas eu já não me importo mais, a morte quer dar o seu bote final, me enganando com mentiras, ela ri das minhas mentiras e se delicia com o sangue que eu derramo.
Ela é a palavra não dita, o momento que fracassou, o desvio do olhar...Agora, ela está no rosto daquele menino que me roubou o coração, ela quer voltar a possuir meu coração porque sente falta do amor que eu dediquei à ela, então ela se esconde no olhar daquele menino. Ele não sabe, mas ela sussurra em seu ouvido: “Faça-a sofrer!”. E ele, inocente, não entende o que a morte quer fazer. Eu, iludida, vou de encontro a sua nova face, tão bonita... Ela é o oceano em busca de almas e eu sou o rio das almas atormentadas a ponto de desaguar nesse mar fétido, mas sei que posso evitar... Eu tenho que evitar!
Ela corre em minhas veias contaminando meu sangue com tristeza, me pergunto como seria a sua ausência, acho que a morte já faz parte de mim e se diverte com a dor que causa a sua presença, ela mancha meu rosto com lagrimas que aos poucos aprendo a cessar, ela ainda acha que me vence: Se esqueceu daqueles que me amam? Eu sei... Agora ela é só lembrança, mas está fresca em minha memória, ela está se preparando para voltar no rosto daquele que eu vi. Agora só me resta a madrugada para que eu seja realmente eu, eu ainda abro meus olhos pela manhã e visto as minhas mascaras para enganar...não sei... Enganar a todos, enganar a mim mesma, mas a morte eu não engano, ela já conhece os meus pontos fracos e eu sou fraca por deixa-la em mim, eu sou seu joguinho preferido e ela sabe como me ganhar.
Ela é maliciosa, me atinge com palavras certeiras: “Ele não te ama, ele ri sozinho em sua cama, ele não te quer, ele quer que você morra!!!”- Mentira! - Ele está confuso com as palavras da morte, ele não vê o que sou, apenas o que a morte mostra. E ela me mostra os pulsos que tantas vezes cortei, me dizendo que essa será a ultima vez, depois disso só o fim, ela não quer se afastar de mim... Ai! Como dói os pulsos... Não, não irei mais me cortar, ainda a vida correndo em minha veias, e morte: Aqui não é o seu lugar! Não sei quanto tempo agüentarei, a morte vêm pra me torturar, ela ainda ronda os meus sonhos, agora ela se esconde naquele olhar. Oh Deus! De novo não! Não me digas que ela me enganou outra vez! Me ajude a arrancar a morte de mim, essa não é a hora, esse não é o meu momento de partir. Morte! Se afaste dos meus pensamentos... Ah! Quem diria! Ainda há vida em mim.

Priscila de Athaides – 06/04/03
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