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Contos-->A rua -- 09/04/2003 - 10:14 (Hideraldo Montenegro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mergulhei na rua como mergulhasse em mim mesmo e a enxergava conforme o meu humor.
Meus pensamentos definiam a realidade. Tudo era uma questão de consciência. Às vezes, ficava pensando como as discussões eram inúteis. Não nos levavam a lugar algum.
Quem está com a razão?
Basta estar vivo para alguém está certo. Ou seja, a única realidade era a mente do homem. É ela que faz as coisas existirem.
Esta diversidade de pensamento, paradoxalmente, unifica. E, esta unidade é a mente.
Um vento frio bateu em meu rosto e me refrescou os pensamentos. Para onde estava indo na vida? Ora, a vida não tem espaço. A vida não tem uma direção. O viver já é algo absoluto, não requer outra condição.
Continuei caminhando. Sem rumo? Estava caminhando apenas pelo simples prazer de caminhar. A vida moderna eliminou este prazer das pessoas.
Não procurava um fim, uma saída e um destino para a minha caminhada. Apenas caminhava. E, isto me colocava no absoluto. Na rua, eu não estava, eu era.
Mas, inevitavelmente, a rua me forçava uma reflexão: o que há do outro lado? Da rua? Da vida?
Ora, o absoluto não tem lados. É absoluto. Não existe o outro lado da vida. Só pode existir vida. Em que plano? Material? Mental? Visível? Invisível?
Todavia, para onde aquela rua estava me conduzindo? Como a vida, a rua também não tem fim. Tudo é uma questão de ângulo, de visão. Se comecei por tal lado, o fim é aquele e se comecei por tal lado, o fim é aquele outro.
Mas, enfim, a rua apenas nos conduz, como a vida e, às vezes, cruzamos com alguém. Paramos para trocar idéias, saciar desejos e prosseguimos.
Às vezes, ocorria de me perde. Já não sabia se a rua existia ou se, eu mesmo, era a própria rua.
Sei que, por mim, passaram muitos rostos, desejos, dúvidas, paisagens, casas, bichos, pessoas e emoções.
Sendo assim, não tenho fim e também, faço você agora, viajar em mim.







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