Usina de Letras
Usina de Letras
131 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->MOMENTINHOS -- 22/07/2000 - 08:20 (Carlos Alberto de Souza Quintanilha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu tenho um fio de bigode que vai contra a lei da gravidade... meus dedos das mãos e alguns dos pés, são incrivelmente tortos... mas conseguem bater no paralelo das teclas do piano, que toco, já, há alguns anos...
Eu plantava bichinhos de sonho no alto da minha cabeça . Era um quintal louro, louco e sujo, abarrotadinho dos animaiszinhos. Alguns divertidos e lindos. Enquanto eles se expandiam em comunidade, eu cuidava em não balançar a cabeça excessivamente.
Um belo dia, que prá mim foi negro, entrou um prego no meu pé... eu o tenho até hoje... quando corro, ele sai "pinicando" e deixando marquinhas redondinhas e pequenininhas no chão...
O anel que tu me destes, era de diamante, e verdadeiro. Não chegava ao tamanho de um elefante e eu o empenhei na loja de penhores da C.E.F. da Praça da Bandeira, em agosto de 1940... com o dinheiro, comprei um livro que falava em Nabucodonozor e a dinastia egípcia. Também, uma estante enorme de jacarandá... ele nunca mais foi retirado do penhor... acho; tenho a ligeira impressão, que perdi-o...
Minha última namorada, era filha de um magnata... não me negava nada e sacudia muito... larguei-a por enjóo...
Falar em indisposição sexual, meu cruzeiro marítimo às Bahamas no verão de 65, quase foi um fracasso. No primeiro dia passei A NOITE NO CAMAROTE E O DIA AO RELENTO do convés... no segundo vice-versa... peguei pneumonia... e a mulher: FRIOFOBIA. Em caracas, as pessoas são caras. A mulher puxou-me pelo braço, deu-me um abraço e beijou-me RUM. No abraço, levou-me a carteira... Minha sorte: - Só tinha o CIC e o Passaporte Vermelho, junto...
No Hotel "EL FIZO CENTRAL" o físico do Maître-d hótel dependia da comida que o restaurante servia... e ele fez simbólico uso da sua força, se pondo ao meu lado e só no olhar, obrigou-me a comer filé-de-cavalo com gosto de burro-mal-passado.
Na grande São Paulo, tomei chá das cinco no Viaduto do Chá às oito da noite... num restaurante com nome (sugestivo) de: "Restaurante Chaminé dos Céus"... quando veio a conta, constatei assustado que só me foi cobrado o chá!...nada de torradas, bacon, ovos, manteiga, vinho rosé, frango à passarinho e picles, vieram incluídos... sentí-me no "céu"... ao sair levei um esbarrão na porta, de um cara com jeito de freguês frequente... apanhei um taxi... quando ele parou em defronte ao "Hilton Hotel" e eu quis pagá-lo, cadê a carteira com o dinheiro ?... voltei pegando fogo à "Chaminé"... o "freguês frequente", com ar de bem alimentado e enfado, (na mesa o chá já tomado) olhou-me displicente... Expliquei que os Dólares, Schillings, Yens, Liras, Rublos, Sucres, Marcos Orientais e Ocidentais e diabos, não me interessavam: QUERIA DE VOLTA SÓ OS CRUZEIROS!!!!... ele então puxou calmamente do bolso vinte pratas... Pensei na Praça da Concórdia, e dei-lhe as costas... depois dizem que as aventuras em São Paulo não são mais curtidas que no Rio...
Preenchi e dei os dados que o "Hotel Calibrenho" pediu-me... três meses depois, de volta ao meu país, recebi pelo correio, com pedido de reembolso postal ao Hotel Calibrenho, a conta de duas toalhas de banho, duas de rosto, um cinzeiro de cristal, meia-dúzia de cabides de madeira, um lençol de casal, uma fronha bordada da Ilha da Madeira, um cobertor de lã felpudo marron e um porta-guardanapos de prata-mil... paguei e não reclamei...
Na África, tomei muito sol e encolhi dez centímetros (no local queimado). Meu safari lá, foi uma piada. Um leão buzinou cinquenta metros de mim e subi uma árvore de outros cinquenta... como ela apareceu e como subí, não sei. Meu guia era inglês, naturalizado francês e havia morado quatro anos na cidade de Pindamonhangaba e só falava o dialeto quêniano... Monte Quênia... falar em Monte Quênia, estive de passagem por lá, onde aos seus pés está enterrado Baden Powell. É bom não confundí-lo com o musicista... ainda vivo.
Nas Caraíbas, o show mais comum é strip-tease, ao som de rumba. Às vezes "pinta" um maculêlê dos brabos, imitando fetichismo. Falar em fetichismo, nas Ilhas Negras, a noite é cinza... raramente preta.
Tenho viagem marcada no próximo concorde, para a França amanhã.
Hoje eu conheci a aeromoça e estamos pensando seriamente em desertar... Até lá é aguardar.
Vou dormmir agora... tantas recordações, deram-me sono. Antes, porém, vou pedir a Daniélle que me traga mais Whisky... tenho incrível medo de deserções...
(21.06.1978).
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui