ESPEREI VOCÊ ... E VOCÊ NÃO VEIO
As folhinhas calendário do tempo,
já amarelaram.
Tanto tempo se passou.
Ergui altares, adornei espaços,
ensaiei músicas, organizei jantares
e seus passos não os ouvi aproximassem.
Tentei ignorar o tempo,
que com malícia me enganou,
em outros rostos sorrindo
paisagens áridas do desamor.
Novamente volto ao portão,
sentinela da esperança.
Com o grau da ansiedade,
procuro vê-lo ao longe,
mas nem mesmo assim,
o visualizei distante.
Prostrei-me ao infortune desgosto
de amar um ser abstrato
preso no intrançado da imaginação
real do meu carinho o trato.
Extrai todas as folhinhas do calendário,
rasguei-as contando destemor,
nunca mais as verei amarelas,
branco agora será sua cor.
Jair Martins 11/09/03 17h53 |