- Maria!, vai comprar para mim um creme na farmácia que o meu acabou...-
Maria olhou de soslaio pra dona Dirce e meio mal humorada, ajeitou o vestido e saiu pela porta.
Passados alguns segundos, num repente lembrou-se dona Dirce que faltavam aspirinas. Como um raio corre para a Janela abre-a com tudo quase acertando a cabeça de um transeunte distraído. Avistando ao longe do outro lado da calçada a figura gorda e mulata de Maria.
Ainda não refeito do susto, o senhor (que quase fora decapitado pela janela), respeitosamente tira o chapéu num gesto cavalheiro, ainda de olhos arregalados pelo susto, diz a afobada senhora: - Muito bom dia, dona Dirce!
Ao que ela olhando assustada lhe retruca sem muita atenção: - Maria.
Logo em seguida num brado que seria relatado quase como um abalo sísmico pelo departamento de sismologia da Unicamp dirigido à distante empregada:
-BOOOOOOOOOOMMMM DIIIIIIIA!!!!!
Até hoje nem a Maria muito menos o senhor entenderam nada...