Meu amigo perguntou
Se aqui ando incomodada
Com as asneiras escritas
É pr’eu ficar invocada
Eu lhe respondo poeta
Nunca fui de ficar quieta
Transformo tudo em piada
Incômodo é dar poder
A quem não pode comigo
Eu me divirto um bocado
Meu caro e leal amigo
Do “replay” da idiotice
Dizer que asno é asnice
Fique atento ao que lhe digo:
Escrever é coisa boa
O mano Zé já me disse
Mas ofender o idioma
Com agravo à canalhice
Tira o tesão e o prazer
Dói no olho e passa a ser
Atestado de burrice
Incomodado se muda
Diz o dito popular
Quem o tranco não agüenta
Coitado põe-se a chorar
Meteu a mão em vespeiro
E agora no desespero
Sozinho vive a gritar
Se há coisa que me incomoda
É regra de todo mês
Quando não vem fico fula
Posso afirmar a vocês
Fico logo imaginando
A camisinha furando
Eu de barriga outra vez
Hormônio é coisa tão séria
Se faltar dá “azaração”
Ter demais fica enfadonho
E causa constipação
“Progesterar” na medida
Garante a saúde à vida
E dá muita animação!
Agradeço amigo lindo
Seu e-mail aqui chegou
Trazendo mensagem grata
De alguém que sempre doou
Aos amigos de rotina
Confete com serpentina
Num carnaval de esplendor
Alguns vocábulos com “aspas” podem ser considerados neologismos,
por efeito de rima...