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Erotico-->FRUTA PROIBIDA -- 28/07/2001 - 14:25 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



FRUTA PROIBIDA



_ Sou casada, Germano – disse em um doce e sensual sussurro, Maria Helena.
_ Eu não tenho ciúmes – respondeu Germano, enquanto mordia-lhe os lábios, sufocando suas reclamações.
Lá fora, uma chuva forte caía persistente, fazendo com que tudo ficasse cinzento. O mar, os edifícios, as casas, as ruas, o ônibus lento e pesado, as pessoas que insistiam em um formigamento constante, indo e voltando, como se não fossem para lugar nenhum.
Germano não acreditava que estava com aquela mulher num motel. Tantas vezes tinha almejado aquilo, observado-a de longe sem ousar atacar. Durante noites infinitas tinha sonhado com ela, em outras tantas noites imperdoáveis tinha procurado aquela fêmea, em vão, em outros corpos. Debaixo da luz delicada, difusa, Maria Helena se revelava a mulher ardente intuída, por ele, nas horas loucas de solidão.; uma mulher plena e sublime, transbordando de paixão, inventando desculpas esfarrapadas para que o homem não ultrapassasse a última e definitiva fronteira.
_ Isto não é possível. Não é correto – ela gemeu, enquanto ele a beijava e tentava alcançar um seio, introduzindo a mão debaixo da blusa.
_ Não pretendo contar nada a qualquer pessoa. O amor não está correto ou incorreto, simplesmente acontece nas vidas – ele murmurou cinicamente.
Consegui despi-la e viajou o corpo feminino inteiro com sua boca. Ela delirou, subindo as paredes, procurando oxigênio, enquanto o orgasmo chegava em louca carreira escravizando sua vontade, deixando-a à beira da loucura. Germano nunca poderia imaginar em que mares de puro prazer ela naufragou naquela tarde chuvosa. Quando aconteceu, Maria Helena foi à loucura, pela sua mente passaram todos os homens que a tinham possuído desde a adolescência, quando quase sem querer foi feita mulher. Germano viajava por seu corpo como se conhecesse cada palmo de sua pele, cada canto de sua sensualidade, fazendo-a alcançar o limite do prazer. Jovem e sábio, aquele homem a fazia sentir-se cada vez mais mulher. Jovem e proibido, aquele homem mordia a sua alma em cada beijo, dando-lhe na boca o fruto da perdição. Ele ia e vinha sobre ela, devorando-a em cada beijo, vendo como o desejo crescia-lhe na pele e transbordava no seu olhar, nos seus poros. Toda a luxúria do mundo convergiu para os seus corpos em total e perfeita cópula. Todo o resto desapareceu, nada mais existia. Eles estavam em um microcosmo de puro sexo, sentido odores confusos e excitantes, ouvindo vozes milenares, como se todos os homens e mulheres, todos os amantes, todas as relações malditas e condenadas, ficassem resumidas nos seus corpos, suados e brilhantes. Todo o resto estava fora. A tarde chorosa, as faces familiares que sem dúvida os repreenderiam, os gritos e os silêncios. Quando Germano derramou dentro de seu corpo os seus medos, a sua ira, tudo o que ele sempre quisera e não pôde alcançar, ela o recebeu com sua natureza de mulher afetuosa, enquanto o abraçava e implorava para que aquele homem único e magnífico permanecesse dentro do seu corpo para sempre, sem se preocupar se o mundo terminaria, em chuva ou em fogo, sem se importar com o fato dela ser casada e de Germano, seu amor proibido, ser o irmão caçula de seu marido.
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