MADRUGADAS
Madrugada fria,
Corações solitários,
O sereno embaça o vidral da janela,
A saudade agora é sentinela.
Madrugada dos alucinados,
Gritos eufórico e desvairados
Que saúdam os extraviados,
Revoltados por não serem amados.
Madrugada sombria do desertor,
De si mesmo a razão o abandonou,
Tem no peito cravado um desgosto
Que o faz buscar um novo rosto.
Madrugada do artista
Na companhia da inspiração,
Para dela ser um instrumento
Na abertura do coração.
Madrugada dos amores...
Pares em devaneio, que deixam reflexos,
Para as noites frias, alucinadas,
sombrias e inspiradas,
Viverem suas queixas.
Madrugadas... contam histórias
Madrugadas... vivem histórias
Jair Martins - 27.01.03 12:45h
|