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Artigos-->Um Lugar ao Sol Parte 2 -- 05/05/2002 - 19:36 (Valdir Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como eu havia prometido, esta semana continuamos com nosso mergulho no MP3.com. Não resta dúvida de que o músico brasileiro esta em pé de igualdade com qualquer gringo. Mas uma pergunta continua: o que falta para termos artistas nacionais fazendo sucesso no exterior fora dos guetos brasileiros? Sim, porque os músicos que dizem fazer sucesso lá fora, na verdade, fazem sucesso apenas entre os brasileiros que moram no exterior. Claro que não admitem, porém é assim que a coisa funciona.



Nós temos excelentes bandas cantando em inglês, que é a língua universal da música. Então o que acontece? Falta de divulgação? Preconceito? Falta de conhecimento? Realmente não sei. Alguns conseguem furar este bloqueio como o Sepultura, Angra, Toy Shop, mas é muito pouco. Quem sabe o problema não seja interno mesmo. Quem sabe a falta de divulgação dentro de seu próprio país não seja a responsável pelo fato destes artistas também não conseguirem um lugar lá fora. Quem sabe a falta de emissoras dando apoio ao novo músico. Quem sabe a falta de lugares decentes para se tocar. Quem sabe...



Muita coisa contribui e é incrível que, apesar de todos estes empecilhos, este pessoal ainda pense em fazer música de qualidade que dificilmente chegará aos ouvidos do grande público. Abençoados então aqueles que conseguiram furar esta barreira e que perde um pouco de seu precioso tempo procurando coisas novas para ouvir.



Em tempo, além do MP3.com, um outro site também tem o mesmo sistema de distribuição de músicas é o IUMA.com.Mas este tem bem menos artistas brasileiros em suas listas.



Apenas uma guitarra



É o caso do futuro médico carioca Bernardo de Ary Pires, que como todo bom guitarrista tem como influências Eddie Van Halen, Carlos Santana entre outros. Bernardo passeia entre o rock mais pesado chegando até a new age, com seus arranjos mais etéreos e o uso de teclados. Só achei que ele poderia ter deixado alguma música disponível para download.



Outro que se destaca é Fab Rivet, que na verdade se chama Fabrício e também toca na banda Rivets. Na página do Fab Rivet, temos 12 músicas que foram escritas para a namorada dele e que lembram as baladas de REM, Live e Foo Figthers. O que chama a atenção é que a banda de Fabrício, a Rivets, é muito mais roqueira, com alguns toques de um hardcore mais melodioso, ou se preferirem de emocore. Ouçam The Perfect One e depois comparem com Marriage, do Rivets.



Ainda falando sobre guitarras, encontrei pouco material de heavy nacional. Das poucas que vi, a única digna de nota é a banda carioca Allegro, que é inspirada em bandas como Hellowen e Iron Maiden, com bons instrumentistas. Peca apenas no vocal, muito parecido com o de André Mattos, antigo vocalista do Angra, agora no Shaman.



British Sounds



Sou suspeito por falar bem destas bandas, afinal passei minha adolescência ouvindo bandas britânicas como Smiths, Jesus and Mary Chain, Echo, Simple Minds. E acabo encontrando diversas bandas brasileiras que poderiam ter surgido na Inglaterra deste tempo, mas sabe Deus porque, elas apareceram no Brasil e nos anos 2000.



O Multisofa de Belo Horizonte, trás um folk rock que poderia fazer parte do cast da famosa gravadora inglesa 4AD. Para quem não conhece, a gravadora foi responsável por nome como Cocteau Twins e Felt. A banda com composições em inglês acabou de lançar um CD independente e pelas informações que tive, já manteve contatos com selos internacionais. O uso de instrumentos pouco usuais no rock, como o violino, dá um destaque a mais nos belos arranjos das músicas.



O Good Morning Kiss também bebe na mesma fonte do Multisofa, mas tem um som mais elétrico, com a guitarra se destacando em relação aos outros instrumentos. Os vocais tem um que de Radiohead e Placebo e não negam as influencias mais deprê destas bandas.



Já o Pullovers, de São Paulo, também vai pela mesma linha, apenas sendo menos pra baixo que a Good Morning Kiss. Lembra um pouco o Teenage Fan Club e os Stones Roses. O grupo irá tocar no Abril Pro Rock aqui de Sampa, junto com um de seus ídolos, Stephen Malkmus do Pavement. A banda é uma das queridinhas da critica paulistana, mas isso não é, em nenhum momento, pejorativo. A música deles é realmente contagiante.



Miscelânea



Por que miscelânea? Simples, são diversos artistas que fazem um som mais experimental, passeando desde a new wave, pelo som mais eletrônico e chegando ao jazz. Para o MP3.com, isto é denominado Latin Jazz, ou jazz latino.



Neste último quesito, conheci o trabalho de Marcos Borelli, que faz um jazz experimental. O músico é multi-instrumentista que largou a música erudita para se dedicar a algo mais popular. Marcos já tocou por vários palcos paulistas e também já tocou pelo exterior.



Mudando para a música eletrônica, o projeto chamado Atman foi criado por Victor Ruiz que convidou vários músicos para dar vida a sua idéia. Mostra claramente a influência de grupos como Enigma e Deep Forest, que mesclaram a dance music com vocais mais à new age. No trabalho atual, o Atman aponta para a Índia, seja nos temas como nos vocais de Rathanabi Adhikari, como nos mantras indianos e cítaras.



A brasiliense Anaya também aposta na new age e na internet para divulgação do seu trabalho. Tanto que foi descoberta por uma gravadora californiana, via grande rede. Algumas composições passeiam pelo Flamenco e pelo Trance, deixando sua música dançavel e fugindo um pouco do padrão new age.



Por último, o Spectrum of God, de Vitória. Particularmente, não concordo com a classificação que a banda escolheu. Para mim, o que eles fazem não é bem new wave. Conta com leves traços deste estilo, mas é muito mais parecido com trabalhos mais sombrios que vemos nos últimos discos do Depeche Mode, por exemplo.
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