Em meu quarto deserto,
Por hora ainda inquieto
Onde o silêncio faz morada
Me perco na saudade, pensamentos desordenados
Raios de sol adentrando por entre as frestas
Iluminam cada canto, que contam estórias adversas
Ora sobre o vai e vem das ondas do mar,
Ora sobre os pássaros que não hesitam em me visitar
Procuravam um lugar para então se aconchegar,
Sabiam que aqui iriam encontrar
Abri as janelas, deixei o caminho livre
Deixei que entrassem e assim anunciassem
O que vieram me dizer, para eu então poder resolver
Ouvi bem baixinho um canto ainda acanhado
O assovio dos pássaros que me alertavam cuidado
Perguntei porque?? - ainda na esperança de saber
Mas, nem assim quiseram me responder
Foram embora, mas sei que voltarão
Pois assim como foram e retornaram
Fico na certeza de que um dia ficarão
Ocupando a morada do silêncio
Que não mais habitará neste espaço
Dando então lugar, a cantoria dos mensageiros...
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