Sub-spaços
Ob-delirantes
retropossibilidades
recalcitrantes
No onipresente sentido anunciado,
mais que a espera
reside a memória,
a pura essência daquilo que foi,
e que um dia,
se espera,
ressurja
mesmo que ainda sem compreendê-lo.
Pois nas rusgas incalculáveis do espaço,
tudo é tão eterno quanto sempre o tem sido,
tão inexplicável,
tão inebriante,
que se acredita ainda,
não haver resposta plausível.
É a irrealidade que nos cerca,
nos acossa,
e nos espreita,
como que a informar sua existência
pela subliminariedade,
sub-retipicidade,
ou ainda
pelo sub-sub-desafio do grito atávico:
"Vem ne mim que eu tô sozinho!" |