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Artigos-->Quaresma em Quarentena -- 11/04/2020 - 20:47 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

           Quaresma em Quarentena

                                    Quaresma em Quarentena
        Um vírus letal paira sobre a Terra. Não há remédio que o mate nem
        desinfetante que daqui o afaste.
                 A pandemia inevitável, cravada na sua cadeia genética é um
        toque de recolher, ficar longe, se esconder.
        É Quaresma em quarentena, igrejas vazias que pena!
        Ou será que a Mãe Terra ordena: parar para pensar se como tudo
        está indo vale a pena?
        A natureza lá fora mais limpa, mais bonita agora, manda-nos olhar
        o céu, a Terra, o mar, as águas dos rios, dos lagos, das lagoas, Que
        boas!
        O ar que dali vem quer nos ensinar outra forma de aqui estar.
        Começa por nos dizer: na raiz de todo e qualquer problema já está
        a solução.
        Por que andais a errar tanto então?
        Dos males do corpo a ciência se encarrega: não tarda vai aparecer
         um remédio  uma vacina para deste vírus o mundo se livrar, se
         insistir em ficar por aqui, já não é uma ameaça, é inimigo
         conhecido, fácil de derrotar.
        A ciência se encarrega de curar as doenças que por aqui estão e as
        que virão.
        Os males  da mente e da alma, também  a ciência deles se anda a
        ocupar.
        Pregam amor à  sabedoria, desprezo pela  ignorância, alguns
        filósofos  a  acusam de ser a mãe de todo o mal.
        Na dimensão metafísica tentam compartilhar religião com buscas
        de verdades, lógicas, passíveis de comprovar.
        Até agora andamos ocupados demais com problemas e sua
        extensão, focados na situação, enredados nas teias da ilusão que
        os problemas tecem para mais e mais nos enfraquecer. Fracos,
        opacos, sem forças, sem luz aceitamos a cruz.
        Refugiados nos caminhos da ilusão, da mentira, do disfarce. Nas
        vielas da escuridão cavamos nossas sepulturas, construímos
        prisões, que antes de serem construções de pedra,  cimento e ferro
       já eram cadeias no coração.
                 Embriagados, enfeitiçados, bêbados a cair ao chão não
       conseguíamos enxergar o mal que nos andava a rodear. Qualquer
       saída por mais perigosa que fosse nos parecia a solução: cegos,
       surdos, sem razão íamos, íamos até cair nas armadilhas do coração.
       da ignorância, da ilusão, atraídos pela magia que nos parecia a
       solução. Parecia, mas não era, era  fera faminta querendo nos
       devorar: és agora carne fraca, mais um humano  jogado ao chão a
        passar pelo teste da humildade sem dó nem piedade.
        Nisto tão enredados  andávamos e andamos que não conseguimos
       enxergar outras saídas para além  desta situação, que na verdade
       não são saídas, são teias tecidas  com fios de ilusão. Não há
       verdade,  nem sinceridade, nem amizade, nem amor, nem piedade,
       é  o caminho que vai dar  no fim do poço e  nos vai jogar ali, sem
       dó nem perdão,
        Ali é que se vê que andamos a servir a quem só pensava em nos
       destruir. Eis aqui o inferno  que andamos a construir.
             Parados, calados, sem termos com quem falar desatamos a
       pensar.
       Voltamos à raiz do problema e começamos a enxergar a solução
       que sempre esteve ali a nos estender a mão, a nos mostrar outra
       forma de aqui estar. Olhamos mais um pouco e vemos o problema
       real, tal qual, nem problema era, nunca foi, nunca existiu. Tudo não
       passou de fruto da ignorância, do pouco saber.
         A solução é o caminho da verdade, despido de qualquer maldade.
      É se ver tal qual, rasgar as capas da ilusão, da falsidade, da
      corrupção. É se ver nu,  sem nada além de si mesmo. O que eu vou
      conseguir, eu mesmo terei que construir.
       Olha-se mais e vê que é do Grande Arquiteto do Universo, um  filho
     distante, ainda assim semelhante, não tem luz própria ainda, mas
     começa a enxergar que dentro de si há um santuário, um altar ,
     sobre ele uma chama trina, a nossa  essência divina, e uma alma a
     rezar.
      Acredita, é essa chama trina que ele vem alimentar, é essa alma a
    rezar que Ele vem visitar.

                                                            Lita Moniz

                                                             

                                                                                                         
         
       
   

 



                                                                                                         
         
       
   

 

 

 

 

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