Que foi que fizeste, Senhora, ao meu pobre coração
Que doce feitiço me lançaste, que magias me envolvem?
Que nem o mar azul, o fogo e o furacão
Este turbilhão, que me enche a alma, dissolvem?
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Quisera eu ser como um rio e fluir
Chegar à foz e explodir, envolvido nesse mar
Mas estou preso, Senhora, sinto-me ruir
Com uma barragem, de margem a margem, a parar
E é tão lindo, tão bom, o que sinto agora
Estarei irremediavelmente preso a uma ilusão?
Serei noite eterna, que não vê aurora?
Senhora, meu amor, meu dia, meu mar
Por favor, ouve esta minha oração
Não me deixes ir, sem me encontrar...
DiAngellis |