ANJOS DE MAIO
Uma vaga luz intensa do alamor
induziu-me á meditação, um anjo
incendiou-me, ele tinha o olhar azul,
tinha vida e a suavidade do esplendor,
o brilho e uma translúcida claridade!
Era um anjo de disciplina mongeana,
de luz alada com áurea dourada, havia
nele, o dia e a claridade nos olhos.
Ele guiou-me na leveza das plumas
por jardins de caminhos perfeitos
e imagens sacras de cenas do evangelho,
via-se nelas a urbe de almas panteístas
ao redor de castiçais e círios acesos
de silentes anjos de um céu angélico
em góticas catedrais barroquianas,
que no tocar dos sinos,
eu carregava a cruz!
Foram pecados... Outros passados!
Eram passados... Outros pecados!
A colheta é a que semeias,
a fé vem do evangelho,
o anjo vem da circunstância,
a cruz vem dos atos...
Livre da inconstância
desencarnei em 1784!
Nhca
mai/00
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