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Artigos-->Mundo Bizarro (ou Um passeio pelo Maravilhoso Mundo de Felix -- 10/05/2002 - 13:49 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mundo Bizarro (ou Um passeio pelo Maravilhoso Mundo de Felix)



Parecia ser um dia comum, sabe. Desses bons de sair e passear. Levantei antes de ir trabalhar para uma caminhada e lá estava eu perdido em um mundo fantástico.



Notei que as pessoas andavam de costas carregando papagaios em coleiras. – Um absurdo, será que estou sonhando? – Pensei. Um homem, de rédeas passou por mim puxando uma carroça com um cavalo sendo carregado. – Meu deus, será que enlouqueci? – gritei mentalmente. Carros avançavam o sinal vermelho, bem... isso é quase normal, porém ao notar o sinal amarelo eles paravam. Sentei para refletir e foi somente aí que notei, eu estava usando um tipo de óculos que invertia as coisas. Eu tirava o óculos, tudo voltava ao normal. Eu colocava e o mundo ficava do avesso. Peguei o óculos para analisar, e nele estava escrito: “Óculos de Félix”.



Bem, um conto breve para ilustrar o que irei escrever a seguir. Para compreender o que Félix escreve e/ou escrever igual é necessário um exercício lógico. Primeiro pegue a um fato histórico (um dado momento, um fato ocorrido ou atual), torça-o de maneira que seja complemente invertido, troque palavras como “revolucionários”, “movimento”, “greve” e “luta” por outros termos como “terroristas”, “baderna”, “desordem” e “falta do que fazer”; introduza algumas meias verdades e você terá um texto repleto de sofismas e falácias: Um típico texto Félixiano (grifo meu).



Agora analisando a sua mais nova obra.



“A revista ‘Época’, agora dirigida por um stalinista – aquele mesmo, que censurou artigo de Olavo de Carvalho, o qual passou a escrever apenas uma vez por mês, em vez de quatro -, afirmou que Costa Leite havia sido funcionário do SNI.” (MAIER, 2002)



No fragmento supra citado podemos destacar: Juan Ocerin iniciou suas atividades como novo diretor geral das editoras Globo em 14/03/2002, substituindo Marcos Dvoskin por um motivo simples: “O carro-chefe da Globo, a revista semanal Época, vendeu 441.501 exemplares em dezembro de 2001, ante 465.939 em novembro e 470.158 em outubro, num claro desaquecimento provocado pela quebra da Transbrasil, que oferecia passagens aéreas para novos assinantes. O pico de venda da publicação ocorreu em dezembro de 1999, quando os assinantes receberam cartões de crédito, o que levou a circulação a 849.729 exemplares.” (ESTADO DE SÃO PAULO de 15/03/2002).



O que levaria o autor Félix acreditar que Juan é Stalinista? Uma miopia intelectual aguda aguda. Juan está para Stalin assim como Roberto Marinho está para José Rainha.



“(...) aquele mesmo, que censurou artigo de Olavo de Carvalho”



Neste fragmento podemos notar que uma decisão editorial tomou forma de “censura”. Segundo o Dicionário da língua portuguesa online esta vernácula teria este significado: “

do Lat. censura

s. f.,

cargo ou dignidade de censor;

poder do Estado de interditar ou restringir a livre manifestação de pensamento, oral ou escrito, quando se considera que tal pode ameaçar a ordem pública vigente;

corporação encarregada de examinar as obras submetidas à sua aprovação;

exame;

crítica;

repreensão.”

Em determinada forma de ver o autor nem falou a verdade nem mentiu, usando de uma falácia de omissão ele deturpa um significante e cria um outro significado. Conhecendo o meio editorial, sabe-se que existe os papeis de editor, editor chefe. Sabemos também que as publicações trazem a cara da instituição ao qual estão ligadas. O que o digníssimo autor omitiu é que as pautas e artigos publicados passam por uma comissão formada geralmente por editores, diretores e as vezes jornalistas que tem acima de suas próprias convicções e ideologias as intenções da instituição a que estão ligadas. Portanto foi sábio porém de má fé impor a todas as redações de todos os jornais e revistas a censura, já que textos e mais textos são analisados e pautados e muitos não são publicados. Isso não é censura. Censura é uma proibitiva geralmente por força maior impossibilitando a livre expressão. Olavo de Carvalho poderia escrever para a veja, não está proibido disso.



Agora meu fragmento preferido. É aqui que o autor mostra todo seu brilhantismo e astúcia para fazer um texto Mandarim (lindo e cheio de ilusões).



“Os stalinistas, hoje encastelados em todos os setores dos meios de comunicação e da cultura de nosso País, perseguem sem tréguas quem os combateu nos anos de dinamite, quando o terrorismo andava solto, como se aqui fosse a Israel atual.”



Lá estão os Stalinistas novamente agora a perseguir os pobres arapongas, inofensivos e indefesos. Stalin está pousado em “todos” os setores de comunicação do país. Logo, Roberto Marinho é Stalinista? E quem não iria acreditar que Silvio Santos (Señor Abravanel) também não seria? Pois então. (note que a “o terrorismo” no fragmento quis dizer “a luta CONTRA A DITADURA”)



Agora Félix mostra toda a sua capacidade de enumerar distorções:

“Aliás, foi um artigo de Olavo, tecendo considerações sobre a “moral leninista” de Aloysio “Ronald Biggs” Nunes Ferreira Filho, o motivo da censura do stalinista de “Época”. Nunca li, naquela revista, qualquer comentário que desmerecesse o ex-ministro e ex-assaltante do trem-pagador Santos-Jundiaí. Nem “Época”, nem jornal, nem revista alguma hoje coloca em questão se Fernando Gabeira pode ou não assumir cargo no Congresso, embora tenha seqüestrado um embaixador americano, por cujo crime ele está proibido de colocar os pés nos EUA. Ninguém questiona se Diógenes “do Dinamite”, o PC da campanha de Olívio Dutra, do PT, e colega do “Ronald Biggs” caboclo no assalto ao trem, dinamitou ou não o soldado Kosel Filho no QG do antigo II Exército, em São Paulo. Ninguém questiona se José Dirceu pertenceu ou não ao serviço secreto cubano, portanto, sob as ordens diretas de Fidel Castro, para promover a guerrilha e a desestabilização em nosso País. Por que, então, essa picuinha contra Costa Leite, que nem agente do SNI foi?” (SIC) (MAYER, 2000).



Esqueceu de enumerar os crimes de tortura, os assassinatos e a verdadeira censura havida na “época da dinamite” (MAYER, 2002)



As considerações acima foram feitas para reflexão do leitor.







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