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Artigos-->A cidade Jeffiniana -- 23/10/2000 - 21:35 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estava eu concentrado em meus serviços acadêmicos, onde realizo um trabalho sobre a figura maior do país neste século, Barbosa Lima Sobrinho, quando me deparei, assim meio do nada, a um assassinato cruel, frio e desumano praticado na madrugada deste último domingo, 22 de outubro, aqui nesta cidade que levava fama de ser o Vale da Eletrônica. O assassinato chocou toda a cidade, o assunto da semana passou a ser esta morte estúpida de um menino de 8 anos. O assunto chegou a levar várias pessoas a cogitarem a burra pena de morte para solucionar estes tipos de crimes. Não me ponho aqui a querer defender um assassino, muito mais por um criminoso desta estirpe, que até então nunca tinha ouvido falar. Quero que este sujeito vá para a prisão e lá cumpre cada minuto de sua sentença que não tão logo deverá ser decretada por culpa de uma justiça morosa, retardatária e às vezes corrupta, além, é claro de quase nunca realmente fazer a justiça esperada. Digo isso, pois, porque acredito que a pena de morte se aprovada no país, elevará ainda mais os altos índices preocupantes da violência.

Para mim este assassino é produto da nossa sociedade fabricada nos últimos anos pelo “doutor” Roberto Marinho, pelos políticos da estirpe de um Maluf, de um ACM e de tantos outros criados e fortalecidos pelo regime militar que governou esse país de 1964 a 1985. Logicamente que o fator local, ou seja, a estrutura de como é nosso município, levou que um débil mental, provavelmente ligado ao nojento submundo das drogas fizesse o que fez. Não é por menos que Santa Rita do Sapucaí se tornou um paraíso das drogas e dos traficantes. Políticos como Olavo Bilac Pinto Neto, conhecido como Olavinho, e Jefferson Gonçalves Mendes, vulgo Jeffinho, aliados a uma classe aristocrática rural das mais reacionárias promoveram esta cidade a praticamente este “Estado de Sítio” que nos encontramos. Não tenho medo de dar nomes aos bois, pois escrevo não para agradar o poder constituído, e sim para vigiá-lo. Não seria demasiado anunciar aqui que os assassinos, mesmo que indiretos, deste garoto são o “nobre” deputado Bilaquinho e o folclórico neopopulista Jeffinho. Pois, estes dois políticos que há praticamente 12 longos anos estão no poder e que caminham para mais quatro, representantes das oligarquias aqui fixadas, fizeram e transformaram Santa Rita do Sapucaí num antro de depravação que assusta ver o “bondoso” monsenhor José Carneiro, representante do cristianismo, ser um aliado a mais destas pessoas que comandam o município de forma autoritária.

Sem emprego, sem perspectiva, sem uma educação de qualidade, sem alternativas de lazer e de cultura, o que esperar dessa massa se não uma ligação com o tentador submundo das drogas? As drogas são um convite a estas pessoas que com o perdão da palavra estão fudidas. Pensando bem ou mal, esse assassino, que tomara que seja encaminhado para atrás das grades, onde é o lugar dele, tem a mesma culpa que os nossos dirigentes da elite. O príncipe JFM e o barão Bilac Pinto Neto são tão responsáveis por essa situação que se encontra Santa Rita do Sapucaí, que não seria demais acusá-los de assassinos indiretos do menino de 8 anos. Afinal de contas estamos morando numa cidade jeffiniana, onde todas as crianças são felizes por terem um papai Noel e um coelho da páscoa como prefeito, onde o frio é apaziguado por um “populista” que sai distribuindo cobertores em um estádio de futebol como se fosse um Sílvio Santos anunciando: “quem quer cobertor?”. E o grande protetor desta farsa é um deputado e uma elite hipócrita, que até pouco tempo atrás tinham a favor um desembargador com mania de trancafiar processos judiciais que eram contra seus amiguinhos e que hoje graças a Deus se encontra no inferno, onde Satanás estar a lhe chicotear!

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