Lenda d’água
Pezente.
Na canoa de prata, no meio da mata,
Vai um triste ribeirinho a procurar...
No espelho d’água... no reflexo da lua,
A imagem da companheira toda nua.
Dentro da cafua, no braço do rio-mar,
Seguindo somente a lua, com vontade de chorar,
Em nome da tapuia, invocando o grande Tupã,
Chamando o sol para um novo amanhã.
Moço, esconde o teu troféu lá no fundo do rio.
Perdeu o teu chapéu... ela está no cio!
A canoa virou... tucuxi se apresentou,
Na explicação da nova vida,
Com a sua honra ferida,
O caboclo se entregou...
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