A FLOR DA PELE
Minha alazã, domadora de tédio, aqui adejo
Os teus segredos nos nossos limites vencidos
Sob a lua despida das partes infinitas do amor
Espreitando os teus labirintos em vertigem...
Ah! Relembras comigo, aquele por do sol
No Solar do Unhão, o mar, a brisa gelada
Soprando na tarde/noite do azul quase tosco
Em que buscávamos a fronteira do infinito.
Ante as nossas mãos protervas vibrando
Nos nossos corpos sob um céu de libidos
Circulando na noite... Animais no cio,
Entregando-se aos gozos e gemidos...
Ah, as minhas mãos recorrentes percorriam
O teu corpo, contornando as tuas belas curvas...
Tu balbuciavas sem nexo, buscais os meus seios!
Buscais minhas coxas, o meu ventre, o meu sexo...
Ai! Os nossos gemidos férvidos do prazer e do ser,
A flor da pele, o meu sexo alucinado feito lobo!
Treslouco, enfurecido e leve na dança do amor,
Penetrava no teu sexo úmido aos urros do teu rogo...
Nhca
Out/03
|