O sol tarda, já passei as costas
Em frente ao fechado Olimpo
À infinita hora olho a volta
Co´a ossada torta
Acordo à mesa do meu ofício
Respiro o ar paralisado
Cronos não chega, meu extinto
Cegueira branca, nuca o fado
Lisa anômala limbo
Sou o braço do corpo alheio, teu cinto
Da janelinha avisto o tom
Da boemia, a minha final
Silêncio entreaberto, o som
Está na hora
De ir-me, pra lá da marginal.
(weberleao@yahoo.com.br) |