Não sei se posso conviver com isso,
Um amor não sublime
De confiança perdida
De saudade bandida...
É um contra-senso... até cruel!...
Desculpe-me querida
Se a vontade é partir.
Perdoe-me amada
Se por ventura não mais voltar...
Não procurei meu exílio,
Mas também não procurei tamanha dor...
Penso ser melhor partir,
Transformando em lenda
A história gostosamente vivida.
Não posso permitir o sofrimento d’alma,
Mas também não posso fingir...
Desculpe-me amada
Mas sinto a brisa correndo entre rosto
E o suor gélido entre as mãos...
Dobra no peito um desespero
Partido ao meio o que outrora depositei em tuas mãos...
Um adeus é fato,
E nem mesmo eu consigo compreender.
Parto para bem distante,
Morrendo longe, nas agruras deste ato...
Peço-te a doçura angelical,
De um sorriso breve,
Sem que as lágrimas possam descer a face...
Talvez longe possa de novo sorrir,
Sonhando com todas as possibilidades,
Jazigo do nosso infortúnio,
Que não poderemos mais viver...
Desculpe-me amor,
Não me castigue mia fada,
Mas a saudade será nossa salvação...
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