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Cartas-->A voz que fala por dentro VIII > O lixo -- 21/01/2003 - 01:13 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VIII
O lixo

Muitas coisas aprendemos com a vida e viemos depositando em nossa mente inverdades que nos foram ditas e ensinadas. Com o tempo e todo aprendizado, muita coisa do que nos disseram ou falaram é verdadeiramente lixo. Quem pode garantir que eles estavam certos? Quem pode garantir que o melhor para eles era o melhor para você? E assim foi traçado um caminho quase que planejado que outros formaram. Carreiros marcados com pétalas de flor sobre o chão para que seguíssemos, mas ninguém sabia quantas vezes foi que pisamos em espinhos. Ninguém podia nem imaginar aonde chegaríamos. Isto é se chegamos a algum lugar. Tantas pessoas invadem a identidade do outro,impondo limites para seguir as estradas que seriam óbvias de ser seguidas.
Todo lixo depositado em nosso coração serviu para preencher um espaço que devia guardar um sentimento mais profundo.O lixo de dentro causa isso, uma superficialidade que nos torna vulneráveis e inconstantes em nossas ações. A causa do vazio pode ter vindo desse princípio. Os sentimentos que nos ensinaram a sentir, fez com que não fossemos realmente sinceros com o que sentimos hoje.As pessoas podem estar frágeis,mas por receio ou medo de demonstrar seus sentimentos, inibem-se sozinhas, encabuladas no seu próprio refúgio.
Podem ter nos ensinado muitas coisas importantes a respeito da vida. Alertaram-nos sobre o comportamento das pessoas e as intenções do coração do homem. Podem ter nos falado sobre planos para o futuro. Para o dia do casamento, para os filhos; falaram de todos da família; de alguns sonhos talvez; dos propósitos ao decorrer da vida. Podem ter nos ensinado a escolher a profissão certa, mas pouco nos falaram e pouco nos ensinaram a respeito do que sentimos.Ninguém podia abrir a nossa alma, ou ninguém abriu a nossa alma e pôs verdades profundas a respeito do que encontraríamos pela nossa vida.Apenas depositaram verdades superficiais que nos fizeram ser superficiais.Pouca gente descobre o que realmente sente. Pouca gente sabe o que realmente é. Há um vazio porque as pessoas são vazias. Mas o lixo existe. Ele polui a nossa mente e coração. Mas mais que poluir, ele fecha visões que nos inibem a acreditar no futuro,a acreditar nas pessoas e o pior, a acreditar em nós mesmos.
É preciso destrancar essa passagem. Mas não deixe que outros o façam. Deve haver um momento particular em nossa vida que devemos andar por conta própria. Iremos cair e nos machucar muitas vezes, mas nada será diferente do que já conhecemos.Com esses tombos aprenderemos a nos levantar sozinhos e a conhecer os caminhos que podemos ir e os que devemos evitar.
Algumas coisas devemos deixar e outras aprender. Assim se começa um processo. Quando somos guiados por nossos impulsos,devemos ficar alerta e perceber se será um erro agir e qual conseqüência irá trazer. Quando ouvimos vozes por dentro temos que ter cuidado. Nosso coração peca em suas boas intenções.Há coisas que iremos fazer para satisfazer nossos desejos, mas que afetarão a nossa alma. Devemos aprender que “NÂO” é uma palavra importante. Talvez aprendemos a aceitar todas as oportunidades que nos oferecerem, mas devemos saber que “NÂO” é uma palavrinha. Muita coisa fútil acontece quando dizemos sim.Mas muitas coisas seriam mudadas e seriam diferentes se disséssemos “NÂO’”.
Dizemos sim para tantas chances,para tantas pessoas e para tantos lugares que podemos ir. Mas a situação do momento tem a sua causa por não termos dito “NÃO”. Essa é a verdade. Só estamos aqui porque dissemos sim para algumas coisas e deixamos o “NÃO” de lado.
O lixo que trazemos é a conseqüência de sermos passivos a tudo que nos impuseram. Fomos fabricados a aceitar a primeira idéia, talvez a primeira pessoa, porque nos disseram que isso seria bom. Aceitamos facilmente a vida que trazemos porque nos disseram que a vida é assim mesmo e a aceitamos.Aceitamos as outras pessoas como elas são e sem chances de mudança porque nos disseram que as pessoas são assim e devemos aceitá-las. Mas só depois de toda submissão é que vêm os problemas, as dores,o arrependimento. Mas por tanta coisa imposta, também devem nos ter dito que tudo é assim e devemos nos conformar.
Para concluir,o pior inimigo somos nós mesmos, nosso coração. Ele se mistura no meio de todo esse lixo e como nascemos,assim crescemos e fomos formados.E em toda essa criação deixamos de aprender a dizer “NÃO”. Dizer “NÃO” para tudo que pode nos levar a um caminho aonde não sabemos onde vai dar. Dizer “NÃO”, “NÃO” e “NÃO” tantas quantas forem às vezes necessárias. Dizer “NÃO”! “NÃO” é uma palavra eficaz!
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