blue velvet
quando nem tudo
é veludo,
cedo
ao tecido rústico:
qualquer trapo de chita
me veste.
quando nem tudo
é azul-íris-dele,
me adapto
à cor que me fita:
qualquer par de olhos
me despe.
de quando em quando,
veludo azul acontece.
cru e nu
ele me serve:
amor-sobretudo
valéria tarelho
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