VEM, FILHO, ESTOU CONTENTE!
(Maria Hilda de J. Alão).
O corpo humano é uma mansão sagrada
Para o espírito ser, por um tempo, abrigado,
Com erros e acertos aprender, ser burilado,
E um dia merecer de Deus o seu regaço,
Levado pelo Seu generoso santo braço
Longo que rompe as camadas do espaço
E ergue o filho caído nesta penitente morada,
Saciando-lhe a sede com a água pura, corrente,
Do seu amor. Ouve as queixas em voz dolente,
Reclamos pueris de criatura mimada,
Como Pai amoroso espera o filho, e paciente,
Adverte-o, ensina o caminho com voz delicada,
Alivia a dor, ungindo-lhe a fronte com bálsamo olente,
Abre os braços e diz: - Vem, filho, estou contente!
07/11/03.
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