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cronicas-->SOBRE O PRAZER -- 08/01/2003 - 03:21 (Tânia Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Aproveito para falar sobre prazer num dia em que parece que se eu esbarrar meus seios por duas vezes seguidas em meu próprio braço terei um orgasmo múltiplo.
É certo que prazer independe do fato de se estar apaixonado, envolvido afetivamente...É seu corpo explodindo em cores...brilhos... independente do que seu coração delibere.
É certo que seu corpo responde e corresponde ao que nem se espera dele, alheio aos anseios do seu espírito. A pele se arrepia; um calor invade qual fogueira se alastrando a partir de suas entranhas; a respiração torna-se difícil, como se você fosse acometido repentinamente por uma crise asmática; uma ansiedade aparece, num crescente sacudir de pernas, tamborilar de dedos; a concentração, em qualquer coisa que não seja seu desejo, torna-se impossível; sua língua é tomada de uma tal inquietação, que parece ter ficado sua boca diminuta para contê-la...
Isso tudo sem ao menos ter sua lembrança se manifestado sobre qualquer pessoa. Isto ocorrendo, multiplicam-se os sintomas.
Mas o prazer é solitário. É egoísta. É imediatista...Urge que se o aplaque. Não escolhe um momento certo; não espera.
Complicação para quem não o separa do que deseja o coração!
Como conciliar?!
Diria que irreconciliável....
Mais solitário se a pessoa eleita não está por perto num dia como este! Ele chega, o prazer, é capaz disso, assim sozinho...Como?...Começa a surgir de mansinho, vai tomando conta de todo e qualquer suspiro que lhe brote do mais fundo de si mesmo...até explodir, trazendo seu coração descompassado até o céu da sua boca. Aplacado. E ainda resta uma sensação de incompletude...que nunca se sabe de onde surgiu.
Mas e se aquela pessoa está ao seu alcance, ao alcance do tanto do seu desejar? É imediata a troca de interesse; não se pensa mais no próprio desejo, apesar de ele continuar alí latejante. O objetivo é, apenas e tão somente, proporcionar o máximo prazer àquela pessoa, a tal que nos multiplica as sensações.
Todos os nossos sentidos são aguçados por alguém que alí está....um corpo que se vê e que nos coloca à mostra na pele os arrepios...do qual exala um odor típico que demonstra o seu próprio desejo, e que faz com que nosso corpo responda com odor semelhante...alí está alguém a quem tocamos e nos deixamos tocar, pele com pele, mamilos com mamilos, suor com suor...e de quem ouvimos gemidos que se confundem com os nossos em sinfonia... alguém que tem um doce gosto, que provoca nosso mel, que alicia nossa língua e a vicia em todos os seus sabores; a quem nos abrimos para ser provados.
Êxtase com ternura... combinação sublime!
Orgasmo não solitário; compartilhado...cresce num abraço, chega forte através de olhos nos olhos, se mantém por um tempo aparentemente interminável numa mistura de línguas e saliva e diminui aos poucos em tremores e doces palavras...em aconchego... em languidez...em afagos... em intimidade...e sono. Um prazer cúmplice que faz com que nos sintamos completamente satisfeitos.
Calmaria infinda....Ao menos até tudo novamente.

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