Amigos...Todos iguais.
Qual o quê! Deveríamos gostar de todos igualmente...mas como, se são uns mais iguais que outros?!!
Dia desses um amigo me chamou a atenção sobre isso.
Fiquei pensando, analisando e cheguei a algumas conclusões:
1. Amizade atualmente é artigo de luxo. Não é qualquer pessoa que podemos considerar amigo. Talvez até nomeemos alguns com este honroso título, mas não deixa de ser apenas nomenclatura, pela pobreza do termo colega, utilizado para a relação na escala hierárquica imediatamente abaixo, termo que não considero muito carinhoso para alguém que pode vir a ser seu amigo. Amigo é alguém especial e, como tal, enquadrei-o em duas categorias: a) Os muito especiais (aqueles que fazem com que irradiemos alegria apenas por encontrá-los, por sabermos que eles existem e que temos afinidades espirituais; os que são nossos cúmplices e confidentes e companheiros e leais; os que têm coragem de nos falar verdades; os que dividem momentos felizes e amargos; enfim...todo aquele blablabla que já sabemos sobre esse ser maravilhoso); b) os especiais (Os que, mesmo não sendo parecidos conosco, mesmo sem muitas afinidades, são também presentes em nossa vida, são almas complementares). Os colegas ocupam o que chamarei de `prioridade 2´ . Jamais os magoaríamos, mas se tivermos que optar entre um amigo e um colega, a decisão é óbvia.
2. Num mundo de supérfluos, de sentimentos superficiais, nossa alma se alegra ao nos depararmos com um amigo. A complicação principia quando a amizade é entre sexos opostos. Porquê?! Porque um dos principais ingredientes de uma relação amorosa é justamente a amizade (talvez com importància semelhante ao amor e ao sexo, como um triàngulo equilátero). Se, paralelo à amizade, acontecer de surgir uma sintonia sensual, uma admiração pela pele, pelo corpo, pelo cheiro...um passo para a paixão...alguns para o amor. A complicação aumenta quando um dos amigos (ou ambos) está à espera de um amor, ou melhor, está aberto a se apaixonar.
3. Uma conclusão específica sobre os homens (não regra geral, mas grande incidência): Estão cansados de ser alvos de paixões que não alimentaram (é bem verdade que alguns, talvez inconscientemente - ou não - gostam de criar essa confusão como forma de se sentirem queridos...mas isso já é assunto para outra análise). Esse cansaço, por vezes, se torna receio dos mais sensíveis, os que detestam magoar alguém (ainda mais uma amiga); o receio se transforma em armadura reluzente (daquelas que mais atraem a atenção feminina). E eles fogem, se defendem de qualquer demonstração de afeto (que podem ou não estar carregadas de segundas intenções, visto que a amizade atrai as pessoas).
4. Concluí também que há sim preferência por determinados amigos (mesmo quando não existam intenções secretas); alguns nos são mais caros que outros; por mérito, acredito. Há sim prioridade, sem culpa.
Por isso digo que alguns amigos são mais iguais que outros! Talvez iguais a nós mesmos, em sensibilidade, ternura e temores.