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Artigos-->O FIM DO MUNDO DE UM BÊBADO -- 29/09/2021 - 17:02 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O FIM DO MUNDO DE UM BÊBADO



Renato Ferraz



 



Disseram a um bêbado que o mundo ia se acabar.



Ele era desses que perambulam pela rua, sem ter onde morar.



Correu desesperado, entrou logo em um bar.



A primeira pessoa que viu, pediu uma garrafa de cana para tomar



Ganhou na insistência, depois que começou a chorar   



O pensamento vivia sempre confuso, mas tentou raciocinar,



Para assistir o fim do mundo, teria que beber devagar



A sua maior preocupação era morrer sem a garrafa secar



Resolveu então que iria pequenas doses tomar



Queria ver de olhos abertos como seria o mundo acabar



De repente alguma coisa do passado começou a lembrar



Seu pai morreu muito novo, também bebia sem parar



Mas outras coisas da vida, nada conseguia lembrar



A memória mais recente era das últimas calçadas de bar



Queria em seu último dia de alguma saudade boa, lembrar    



Havia consumido metade da garrafa, viu um anjo chegar,



Sorrindo de asas abertas, parecia vir lhe buscar



Alegrou-se, será um sinal, ele veio mesmo me salvar?



Ouviu várias vezes que no último dia Jesus iria voltar



E que daria preferência aos bêbados na hora de levar.



Lembrou o trecho de uma oração, e começou a rezar



Sentia-se emocionado saber que iria ver o mundo se acabar



Falava alto, cantava, gesticulava, depois pôs-se a chorar



Outros anjos chegaram e ao seu redor puseram-se a cantar



Um vulto passou rápido, reconheceu a figura de Jesus passar.



Tentou correr atrás, mas não conseguiu se levantar



Jesus estava sério, temeu que viesse com ele brigar.



Tamanha foi a surpresa, morreria feliz, ele veio lhe abraçar



Fechou os olhos e em coma alcoólico veio a desmaiar



Esse foi mais um dos porres que esse pobre veio tomar



Acordou no hospital em dúvida se o mundo acabou ou ia acabar  



Que foi abraçado por Jesus, disso conseguiu lembrar.



Sua esperança era que após a morte tudo fosse mudar



Quem era pobre ficaria rico, sua vez estava por chegar



Certeza não havia, ninguém voltou para confirmar  



Esse foi o delírio de um alcoólatra que eu ouvi contar



Se exageraram ou não na dose, eu não posso confirmar.



  



 



 


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