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Contos-->A Felicidade e a Má Sorte -- 26/05/2003 - 10:25 (Wellington Macêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Encontro inusitado se dera entre a Felicidade e a Má sorte.
Num dia qualquer onde o sol despontava por sobre campos verdejantes, salpicados aqui e acolá por flores de matizes e perfumes diversos, encontrava-se a Má Sorte coberta pelo negrejar de um manto em farrapos, sentada tendo a cabeça entre as mãos. Tal postura traduzia uma profunda aflição. Cabelos degrenhados a cair-lhe sobre o rosto sulcado, não somente pelos anos, como, acima de tudo, pela imensa tristeza que se lhe fizera companhia, conferindo-lhe um aspecto repugnante.
Seus dias, alem de parecerem intermináveis, revestiam-se de uma profunda solidão tendo em vista ninguem ousar uma aaproximação, pois quando isso acontecia, com certeza, algo de indesejável ou mesmo sinistro estaria prestes a acontecer com quem dela se acercasse. Tal repulsa das pessoas evitando uma possível aparoximação lhe causava enorme tristeza, de sorte que se via impossibilitada de causar algum infortúnio aos mais desavisados. Era, sem dúvida, uma existência repleta de terríveis sofrimentos, somente aliviados quando da certeza de haver sido responsável pelo mal causado a alguem.
À medida que a sua angústia aumentava como resultado da solidão que se fazia presente, eis que ao levantar a cabeça vislumbra uma imensa claridade que aos poucas ia se aproximando dela, trazendo consigo uma figura de mulher como que levitando em sua direção. Com o olhar fixo, percebe se tratar de uma mulher portadora de imensa beleza envolta num manto de exuberante brancura, todo bordado com fios de ouro, tendo na cabeça uma tiara de pedras preciosas.
Acercando-se da Má Sorte a mulher lhe dirige um sorriso tendo um cativante olhar a emoldurar-lhe, indagando qual a razão de tão profunda tristeza.
----- Ah, minha amiga. Há tempos que permaneço por aquí a espera de alguem a quem possa lhe causar alguma desdita, pois somente assim consigo minimizar meus sofrimentos. Desde há muito que não me aparece quem quer que seja para que possa desejar-lhe algo de mal como o desemprego, a fome, uma doença qualquer; fomentar a discórdia entre as pessoas, sobretudo aos casais levando-os a uma separação definitiva. Exulto quando me é dada a oportunidade de incitar aos homens a cometer um fraticídio; a levá-los a cometer ações frontalmente contrárias às leis e aos bons costumes. Finalmente, alegro-me no fundo do meu coração quando a desgraça se faz presente na vida de alguem. Tenho vivido desde o início dos tempos voltada no sentido de promover entre os homens tudo que há de mais execrável; de mais abominável, uma vez que represento a dor, a desgraça, o infortúnio, a miséria enfim, sou o que de mais deplorável possa acometer a alguem. Não é a toa que sou conhecida como a Má Sorte.
----- Pois eu, minha amiga, sou a Felicidade. Represento o que de melhor existe na vida. À cada momento sou solicitada por alguem para que possa levar-lhe a alegria de viver. Atendo prontamente a todos aqueles que buscam com denodo a prática de boas ações. São aquelas pessoas que no decorrer de suas vidas se acercam de bons pensamentos; que se revestem de ações nobilitantes. Envidam todos os esforços na prática do bem aos seus semelhantes. Fazem da caridade, do perdão e do amor apanágios de suas vidas. Por isso, estremece-me de alegria o coração dentro do peito todas as vezes que essas pessoas solicitam os meus préstimos. De pronto, atendo-lhes levando tudo o que há de melhor; tudo da mais alta relevância que se traduz numa perene sensação de bem estar. Sinto-me altamente realizada quando se faz presente a oportunidade de ajudá-las, levando-lhes os mais significativos eflúvios de paz interior. Apraz-me, não tenha dúvida, a certeza de que o bem vencerá o mal. Todos nós fomos criados para que nos floresça o amor. Sou, na verdade, a personificação do bem; sou a Felicidade.
----- Ah, responde-lhe a Má Sorte ----- mesmo diante da resistência de muitos quando incito-os à prática de atos desabonadores; quando procuro persuadí-los, uma vez que me é sobremaneira prazeroso vê-los chafurdando no lodaçal do mal. Desde o início dos tempos outra coisa não tenho feito que não ser direcionada no que diz respeito ao fomento da maldade. Procuro com denodo e sem desânimo induzir a todos que de mim se acercam à prática da desonestidade, da falsidade, ao perjúrio, ao egoísmo enfim, as mais vís ações que alguem seja capaz de cometê-las. Assim, à medida que alguem se deixa influenciar, sendo conduzido à sordidez de atos deploráveis, sinto-me com a sensação do dever cumprido. Como algo a massagear-me o ego.
-----Lemantáavel, sobremaneira, é o seu modo ser ----- responde-lhe a Felicidade. Apesar de tanta maldade; apesar de alguns serem levados à prática de atos deploráveis, a grande maioria dos homens buscam, slem esmorecimento, pautar suas vidas no caminho do bem e da virtude. Mesmo enfrentando, vez por outra, situações adversas se empenham, com todas as forças, no sentido de não se deixar envolver pelo mal. Somente aqueles em cujos corações floresce o amor encontram a felicidade em toda a sua plenitude.


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