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Contos-->O Anjo Triste -- 28/05/2003 - 20:22 (Marcel de Alcântara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dois corpos colados dançando ao ritmo de uma balada romântica, lentamente flutuando a mais de trinta metros de altura... Do heliponto do prédio eles tinham a cidade de São Paulo a seus pés. Sentiam como se voassem sobre as luzes da metrópole. No firmamento as estrelas os observavam entre nuvens, como olhos de gato à espreita. De repente sem que percebessem, um blecaute deixou a cidade na mais completa escuridão e a luz da lua que incidia sobre eles, fez o heliponto parecer um palco iluminado, onde aquelas duas jovens almas, ensaiavam os primeiros passos de uma união feliz, mas até quando?...
Aquele anjo que os seguia com olhos tristes, fez essa e outras perguntas que ficaram sem resposta.
Quando um muro de divergências, interesses opostos, arrependimento, desrespeito, decepções, ciúmes, cansaço, traição, seria interposto entre os dois?
Uma brisa fria tocou os namorados que abraçaram-se o mais apertado quanto podiam e beijaram-se...
O anjo aproximou-se e abriu suas asas compridas de forma que o vento frio não os incomodassem tanto e olhando aquele beijo recordou tempos remotos.
Recordou muitos beijos, muitas carícias, muitas vozes femininas sussurrando em seus ouvidos... Reviu quando vivia entre os homens e os instintos inferiores sobrepujavam a sua alma jovem. De certa forma era feliz daquele jeito, mas a evolução impõe-se quer o ser queira ou não... O coração aos poucos foi tomando conta dos instintos e misturando os sentimentos, depois o amor verdadeiro aconteceu e com ele a primeira decepção. Passou muitas vidas procurando sua alma gêmea até descobrir que não devia procurar.
Foi então que a encontrou de forma inesperada e a reconheceu assim que a viu. Mas ela ainda estava muito ligada as ilusões materiais entregando-se em aventuras sem fim... Na verdade ela também queria encontrar alguém com quem pudesse ficar eternamente, mas não sabia como...
Ele teria que esperar, e a acompanhava em suas sucessivas vidas, sussurrando-lhe palavras confortadoras, amparando-a nas dificuldades e aguardando o seu coração amadurecer...
Quando o sol acariciou o céu, o anjo ainda estava pensando em todas essas coisas.
Viu outros anjos que volitavam entre os edifícios, viu anjos que caminhavam ao lado dos homens e apesar de suas sugestões e bons conselhos, os homens continuavam a usar o seu livre arbítrio da pior maneira.
O anjo pensou em sua amada e num segundo estava ao seu lado. Ela estava tomando um drink numa boate e esperando o próximo cliente, ela era prostituta...


SUTIL

Quando os olhos da alma estão abertos
O que é, não é, e o sutil se faz presente
Estou sempre por perto
Mesmo que ausente...

Marcel de Alcântara



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