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cronicas-->Luz do Sol -- 11/01/2003 - 11:46 (Sandra Regina da Silva Porto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Acho que peguei a mania das meninas, de escrever em agendas todos os dias. Sabe qual é, aquele caderno, só para anotar compromissos, que serve para lembrar as pessoas o que elas têm que fazer quando não se confia na própria memória, mas que no final do ano fica abarrotada de coisas, de tal forma, que você esqueceu de marcar (ou de cumprir) justamente com aqueles benditos compromissos aos quais, no fundo, no fundo, você queria mesmo era esquecer.

Comprei uma pulseira no cameló por 3 reais (cara artista, gênio da contracultura, perdido nas ruas de Icaraí). Toda de contas coloridas que brilham em contato com a luz. Daquelas que as gentes dos anos 70 faziam com as próprias mãos e que eram parte do layout da juventude Paz e Amor.

Deu vontade de comprar uma para te dar amigo, porque percebi que havia comprado um arco-íris. Relação de uma coisa com outra? O negócio é o seguinte; um arco-íris aparece e desaparece sem mais nem menos, no meio de um céu às vezes super-esquisito; outras vezes coroando um tremendo azul que só o arquiteto do universo poderia pór ali.

Um arco-íris não tem começo e nem fim e, por isso, se dá ao luxo de deixar a gente acreditar em qualquer história mítica sobre ele. Um arco-íris corta o espaço por conta própria, deixando os amigos sem asas com cara de otários, de boca aberta e dizendo: "Olha lá o arco-íris!"

Por que isto agora? Não sei.

Talvez tenha sido a alegria que senti ao te ver depois de alguns meses; um calor bom de gente com vida no meio de uma temperatura de 25 graus em pleno verão tupiniquim. Talvez por causa de tua blusa azul chiquérrima, cor das praias que bronzeiam os corpos nas férias do esquecimento do trabalho que dá viver só caras fechadas. Talvez também pelo inesperado do encontro, no meio de uma tarde sem sol, coisa que não combina nem comigo e nem com você. Talvez porque, sempre que te penso perdido te acho, e isto é super!

Raios de felicidade, é o que há.

Aqueles dos meninos endiabrados que jogam bola no meio da tempestade; que soltam cafifas dentro dos condomínios fechados por grades; que lançam no ar palavras feias só para saber quem é mais macho, numa competição ingênua e de anjos.

Póxa! Fiquei muito raio de sol em te encontrar! Toma aí um arco-íris, daqueles bem compridos, que caem no horizonte do mar e que a gente se pergunta se o baú de ouro conseguirá ficar no fundo sem que ninguém desconfie.

Pode pegar que é seu!

Janeiro de 1999.



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