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Poesias-->O poeta plebeu -- 24/11/2003 - 19:57 (Plínio Amaro de Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De cima da torre

Eu consigo ver

Os jardins floridos

E a neve por cima derreter.



Reis e rainhas

Mandaram e desmandaram

Mas foi por uma princesa

Que meus amorosos desejos afloraram.



Coroas e cetros

Por este reino reluzem

E com o brilho dos seus olhos

Se confundem.



Ouro, prata e bronze

São vendidos por milhão

Mas o que eu mais quero não tem preço:

Seu coração.



Uma princesa que por muitos nobres

É pretendida

E com certeza

É a minha visão preferida.



Eu queria ser um fidalgo

Para poder chegar perto dela

E caminhando como quem não quer nada

Admirar o quanto ela é bela.



Mas eu sou um plebeu

E nunca serei um fidalgo

Sendo assim

Eu nunca poderei dizer-lhe algo.



Não conheço a Corte

Pois não tenho título de nobreza

A única coisa que conheço bem

É a pobreza.



Como o outro poeta

Eu não tenho dinheiro para comprar uma vela *

O que me ilumina ao escrever minhas poesias

É o brilho dos olhos dela.



De noite

Eu me imagino admirando aquela beleza pura

E no dia seguinte quando acordo

Continuo a viver minha vida dura.



Desejo você

Mas eu não sou um sonhador

Sei meu papel neste reino

E já me acostumei com a dor.



São duas as minhas dores:

A dor da falta de comida

E a dor da certeza que nunca a beijarei.

E assim continua a minha vida.



Eu penso em você

E sei que jamais te possuirei



Pois se um dia eu tentar

Eu morrerei.



Princesa, caso algum dia leia isto

Saiba que existe um pobre plebeu que te quer

Não por causa da sua fortuna

E sim por causa desse seu jeito de menina que está se tornando mulher.



Nunca li um livro

Muito menos escrevi uma carta

Mas é este feitiço pela princesa

Que faz minha vida poética ser farta.







* Alusão à última estrofe do poema “ Minha desgraça”, de Álvares de Azevedo(1831-1852): “Minha desgraça, ó cândida donzela/O que faz que o meu peito assim blasfema/É ter para escrever todo um poema/E não ter um vintém para uma vela”.





__Poema presente no livro "Lirismos imortais", publicado pela primeira vez em 2000 e mais recentemente no segundo semestre de 2002.



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