Você me desfruta assim,
Da minha sina,
Meus lábios,
Meus poros de nicotina.
Pois não te poupo
Meus vícios, meu tédio,
Meu suor e cheiro de sexo,
Minha vida mundana,
Com Ana, sacana,
Vestida de metropolitana.
Não te livro do meu olhar sadio,
De lama, de mangue,
Vestido do rio.
Olhar macabro,
Molhado do rio do Centro,
Olhar de Capibaribe,
Com cheiro de alambique,
De álcool, de gozo,
Do Centro dos gritos loucos
Da madrugada do Santa Rita.
Não te poupo meus instintos,
Do azedo da carne sentida.
Não te poupo de minha língua,
Nem do sobrenome fulano.
Alisson Castro.
*TODOS OS DIREITOS RESERVADOS* |