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cronicas-->Crónica de Santo António de Jesus. -- 15/01/2003 - 20:41 (Estrella) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Será que estou em Cuba? Não, estou em Santo António de Jesus. Um povoado com cerca de 100 mil habitantes, no interior da Bahia. Parece com Cuba no fato de que há milhares de bicicletas nas ruas, o povo é simples e bem humorado.
Nessas ruas feitas de paralelepípedos nós presenciamos muitas coisas. Há fatos engraçados e outros bem tristes. Em meio aos carros você pode ver cavalos que, inclusive, param quando o semáforo está vermelho. Mas nessas ruas você pode se deparar com a pobreza, pessoas deficientes que vivem a margem da sociedade. E eu me pergunto, "é justo que enquanto eu durmo na minha cama, um ser humano, como eu, durma na calçada como um animal abandonado?". Quem sabe, se um dia cada um fazendo a sua parte isso possa virar passado.
Pois bem, aqui todos têm seu chapéu de vaqueiro, desde os trabalhadores aos poetas. Há quem limpe as ruas usando seu chapéu e há um poeta conhecido como "O homem do chapéu".
E se os homens são assim, imagine como são as mulheres de Santo António... Elas usam jaquetas de couro em pleno dia, com a temperatura chegando até aos 28°C. É um povo que cria sua moda!
Durante a semana há muito movimento. Essa é uma cidade que vive do comércio, o povo das cidades vizinhas vêem fazer suas compras aqui e quando chega às 18h, hora da Ave Maria, a cidade "morre". O comércio fecha e todos vão para suas casas, o centro da cidade mais parece um cemitério com todo seu silêncio.
Chega sábado e é aquela animação. Sempre há um show de forró que é a música da região. Quando dá 13h o comércio fecha e é hora do povo se divertir. Muitos vão para ilha e só voltam domingo à noite; e ainda há aqueles que preferem a tranquilidade da fazenda.
Domingo, o Sol aparece mas a cidade permanece morta. Nem a zoada do carro que passa a semana toda anunciando as propagandas da cidade aparece. No máximo se ouve o som de um cavalo andando por essas ruas silenciosas. Mas chega a hora em que o domingo acaba e a semana de luta começa novamente.
A poeira da rua levanta com as motos, bicicletas, carros e carroças que passam de um lado para o outro. E chega a quarta-feira, dia em que as mulheres ficam loucas! É dia de feira, muitas roupas, carne, farinha, tudo em um só lugar. E os vendedores que gritam desesperadamente anunciando seu produto. Parece até competição para ver quem grita mais!
E essa é a cidade de Santo António de Jesus, com seu povo alegre, ceio de fé, que trabalha debaixo dos 27ºC e a noite dança seu forró agarradinho, afinal, a noite faz 23ºC (risos). 21-05-2001.
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