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Textos_Religiosos-->V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano/ Caribe -- 25/10/2006 - 11:58 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Preparativos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe

Entrevista com padre David Gutiérrez, diretor da Sala de Imprensa do CELAM

www.zenit.org

SÃO PAULO, terça-feira, 24 de outubro de 2006 (ZENIT.org).- Avança em pleno ritmo a preparação da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que se celebrará em maio de 2007, no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, com a presença de Bento XVI.

É sobre o que fala, nesta entrevista concedida a Zenit, o padre David Gutiérrez, diretor da Sala de Imprensa do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).

--Em que fase de preparação está a V Conferência neste momento?

--Padre David Gutiérrez: Neste momento, pode-se dizer que temos duas frentes de trabalho. Por um lado, continuam os trabalhos nas Conferências Episcopais, terminando de fazer as sínteses nacionais que devem ser enviadas ao CELAM depois de 15 de novembro. Temos visto como há muito entusiasmo nos países e há trabalho em todos os níveis de Igreja: grupos de base, paróquias, dioceses, regiões como no Brasil, e finalmente nas Conferências Episcopais. Quando se receberem as contribuições, o primeiro trabalho será a sua catalogação e a sistematização temática, realizado pelos encarregados dos departamentos do CELAM, para depois entregá-las à equipe que fará o Documento de Síntese, que, recordamos, será o documento base para os trabalhos da V Conferência Geral. Esse Documento de Síntese estará à disposição tanto dos participantes da Conferência como de todos os que estejam interessados.

O outro trabalho que se está fazendo está orientado à organização da própria conferência. Por um lado, houve neste mês de outubro duas reuniões com os presidentes das Conferências Episcopais, que estudaram o regulamento que foi enviado pela Santa Sé e deram sugestões para organizar os 18 dias de trabalho que durará a Conferência Geral. Nessas reuniões, se estudaram aspectos organizativos, logísticos e litúrgicos, entre outros. Nestes momentos, a Secretaria Geral do CELAM e a Comissão que organiza a Conferência realizam os ajustes segundo as sugestões dadas.

No marco dos aspectos organizativos, também na sede se realizaram avanços para a adequação dos espaços destinados ao serviço da V Conferência Geral. Já estão culminando alguns trabalhos de adequação de infra-estrutura sanitária e algumas intervenções que em matéria de construção são necessárias para o importante evento. É de ressaltar que, se bem que algumas modificações se fazem para acolher adequadamente os bispos participantes, essa infra-estrutura será usada também pelos peregrinos e romeiros que visitam o Santuário depois de finalizada a Conferência Geral. Outras intervenções de infra-estrutura se farão no próximo ano, quando se aproxime a data de início da Conferência, como por exemplo a modificação do auditório, a construção das salas de reuniões, etc.

Ademais destes avanços específicos na organização da V Conferência Geral, também os diferentes departamentos e seções do CELAM estão trabalhando para realizar aportes desde cada área em particular. Praticamente todos os encontros e reuniões têm como objetivo oferecer contribuições e insumos que oferecerão aos redatores do Documento de Síntese para sua consideração. Nestes momentos, há uma grande mobilização da Igreja na América Latina para preparar o grande evento episcopal do próximo ano.

-- O senhor já percebe uma sinergia entre bispos e Igrejas particulares em torno ao tema da V Conferência?

--Padre David Gutiérrez: Sim, nota-se uma grande mobilização na Igreja que peregrina neste continente. O interesse tem crescido progressivamente, e cada dia, mais e mais gente se envolve nesse processo. No patamar dos bispos e das Conferências Episcopais, há um compromisso muito grande com a preparação, e se nomearam comissões de acompanhamento e de redação que estão trabalhando para realizar as contribuições nacionais. É bom também que saibam que o interesse não é só na América Latina, mas também nas Igrejas irmãs dos Estados Unidos e Canadá, onde há uma grande quantidade de imigrantes de nossos países. Em ambas nações, mas em especial nos Estados Unidos, através do Secretariado para a América Latina, organizaram-se grupos de estudo e estão realizando um trabalho para contribuir desde a realidade da imigração, um aporte que consideramos muito importante porque vem de cristãos que tentam viver sua fé com coerência em uma nova realidade como é a norte-americana, onde a pluralidade religiosa é notável.

--O senhor está em contato com muitos bispos da América Latina, por meio das viagens que tem feito nesta fase de preparação ao evento eclesial. Os desafios se repetem do Caribe à parte mais austral de Chile e Argentina? Quais são os principais?

--Padre David Gutiérrez: É obvio que cada região do continente tem seus problemas particulares e também busca soluções originais. Seria muito longo enumerar por país os desafios de cada um. Mas vemos que há problemáticas e desafios que são comuns e que têm sido evidenciados na maioria dos encontros que se realizam. Um primeiro desafio no patamar intereclesial está na clarificação da identidade do crente, do cristão católico, já que muitas das falhas que se vêem na evangelização atual passam por uma deficiente identidade e compromisso cristão. Daí que o tema proposto, o discipulado, seja visto como muito oportuno para esta Conferência Geral, porque os bispos são conscientes de que, se bem que se devem abordar os temas sociais, políticos e econômicos de nosso continente, os mesmos não se solucionam somente com respostas técnicas, mas com uma conversão dos que crêem.

Ao lado desse desafio de recuperar a identidade do católico no continente estão os desafios históricos e os novos surgidos das mudanças da época. Falamos de históricos porque já foram abordados ou postos em destaque em conferências anteriores, como a crescente pobreza, a iniqüidade na distribuição da riqueza, a marginalização de grandes quantidades de população, o subdesenvolvimento da maioria de nossos países, a dependência em todos os âmbitos da vida civil e econômica. Referências a Medellín, Puebla e Santo Domingo são obrigatórias para retomar a linha de trabalho lançada nessas conferências. Mas se somam outros desafios históricos, neste caso mencionaríamos a globalização, e também outros que têm a ver com as transformações na sociedade civil e a posição da Igreja na sociedade. Transformações na educação, novas perspectivas políticas, o lugar da mulher na sociedade e na Igreja, a família, e outros temas, serão abordados nas reflexões e ações na V Conferência Geral.

--Percebe já um crescimento constante do interesse da imprensa pela Conferência de Aparecida e a vinda do Papa à América Latina?

--Padre David Gutiérrez: Sim, e são constantes os pedidos de informação para credenciamentos e a maneira como se organizará o trabalho de imprensa para os eventos de maio de 2007. Por um lado, estamos trabalhando na organização da Sala de Imprensa, que durante 18 dias da Conferência oferecerá os materiais informativos dos trabalhos dos bispos. Esta organização se está fazendo de maneira coordenada com a assessoria de imprensa do Santuário de Aparecida e com a arquidiocese do local.

Agora a respeito da visita do Papa Bento XVI, estamos à espera de conhecer os detalhes da mesma, já que o credenciamento se realizará seguindo os critérios da Sala de Imprensa da Santa Sé, a qual tem alguns procedimentos específicos, e se faz necessária a presença dos entes nacionais, como por exemplo a CNBB. Ainda não temos notícias da programação da visita do Papa, se estará somente em Aparecida, se vai a outras cidades do Brasil ou da América Latina. É importante saber isso, pois cada cenário implica uma forma de organização particular. Esperamos que em meados de dezembro possamos ter o programa da visita e fazer público o mecanismo de credenciamento dos jornalistas e meios de comunicação interessados em cobrir os eventos papais.

--Como diretor de imprensa do CELAM, que orientações o senhor dá aos meios de comunicação para que eles prepararem uma boa cobertura da Conferência de Aparecida e da viagem do Papa?

--Padre David Gutiérrez: Em primeiro lugar, ter consciência de que é um evento de Igreja, onde os pastores se reúnem para refletir sobre o presente e futuro da evangelização do continente, e onde fraternalmente se propõem linhas de ação que inspirem o trabalho pastoral. Também ter consciência de que a visita do Papa é uma visita pastoral aos fiéis da América Latina e do Caribe, uma visita para confirmar a fé daqueles que crêem em Jesus Cristo e vivem nesta parte do mundo. Em segundo lugar, pediria aos meios de comunicação e aos jornalistas destinados a cobrir o evento que se informem sobre os assuntos de Igreja, a conhecer seu léxico, sua organização, as características das celebrações litúrgicas, de modo que possam aproveitar mais a fundo os conteúdos que se proporão, e assim realizar trabalhos jornalísticos mais próximos da realidade eclesial. A idéia é que tenham os elementos para avaliar em sua justa medida as informações que surgirão da V Conferência Geral.

Também é importante que comecem a planejar a maneira como farão a cobertura. Devem saber que a Conferência Geral começa no dia 13 de maio e termina no dia 31, quer dizer, são 18 dias de trabalho; que nesse contexto se dará a visita do Santo Padre e que são muito importantes as mensagens que dará tanto na eucaristia de inauguração como no discurso de abertura dos trabalhos, assim como qualquer outra intervenção que possa ter. sugiro que visitem nosso site, www.celam.info, onde está sugerida uma agência que pode organizar a estadia nos pequenos hotéis que há em Aparecida e nas cidades vizinhas, e onde dentro de pouco tempo estará disponível a planilha e os requisitos para o credenciamento de meios de comunicação e jornalistas que queiram estar presentes em Aparecida para cobrir informativamente a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.
ZP06102415



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