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Cronicas-->Uma pausa estelar -- 19/01/2003 - 12:34 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tive que improvisar uma pausa. O computador estava funcionando perfeitamente, então acabei trabalhando demais. Nem vi que o tempo passou e o céu ficou cheio de estrelas, embora o dia tivesse sido de pouca luz.
É que em jornalismo a luz é complicada, demora a aparecer, pela natureza de bisbilhotar principalmente o que vende mais, o que atrai os compradores de jornais de todo o país.
Sei que os seres humanos não têm culpa de serem sado-masoquistas, mas nós, animais supostamente racionais somos esquisitos mesmos, inclusive pelo fato de nos recusarmos a continuar em estado natural.
Queremos ser melhores do que os outros bichos, que se contentam em comer grãos oferecidos pela mãe natureza.
É por isso que estamos fabricando novos bichos e novos grãos. Somos diferentes, fortes, intelectuais, passíveis de elaborar excelentes planos e abandonarmos se eles ameaçarem nosso conforto imediato.
Somos com certeza os bichos mais maleáveis do planeta, com imensa capacidade de subir em árvores, nadar, plantar e matar, secar e inventar rios. Somos os predadores do universo.
Então é normal que ninguém queira comprar jornais com notícias otimistas, mas apenas o que assusta, causa medo, ansiedade, um pouco de euforia com notícias esportivas, e se possível, bastante desgraça alheia, com sangue no asfalto e coisas do gênero.
Mas este tipo de coisa ofusca o brilho do intelecto, atrapalha a alma, e impede que possamos ver o céu estrelado de vez em quando. O céu que testemunhou o início da vida na terra, a guerra de amebas e dinossauros, o despertar do ser enquanto potência.
O céu, bem melhor do que as notícias, é azulado, cheio de vida, de fenómenos macro, longe da mediocridade dos humanos e suas artimanhas capitalistas. O céu é grande, complexo de entender e simples de ver, puxando do fundo da alma a necessidade da compreensão metafísica da existência, da maravilha do ser.
Um carro que passa com escapamento rompido me traz de volta ao ambiente de trabalho. O céu continua brilhando, esperando que eu dedique mais umas frases ao esplendor dos astros eternos.
Sou agradecido por ter um momento de relaxamento e visualizo as estrelas novamente. Quem sabe quantos outros seres estão observando meus movimentos próximos da janela, torcendo para que eu só escreva sobre a beleza das estrelas na edição de amanhã. São coisas que vou editar qualquer dia desses.
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