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Cronicas-->Letras, a revanche -- 19/01/2003 - 13:36 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

"De que me vale ser filho da santa, se na calada da noite eu me dano...uma realidade menos morta, outra maneira de ser escutado. Este silêncio todo me atordoa, melhor seria ser filho da... afaste de mim este cálice, de...sangue".
A letra do Chico Buarque mexeu com tanta gente, que logo surgiram os reacionários achando que a música era dirigida ao regime ditatorial; a Igreja Católica queria que o cálice sagrado fosse apenas dela.
Era uma das fases áureas da carreira do Chico, atualmente desapercebido, assim como os integrantes da plêiade intelectual que norteava nossas almas.
O texto do Chico e permitia que o ouvinte pudesse gritar ante o silêncio de nossos sistemas de comunicações, todos lacrados por censores, orientados para inutilizar o raciocínio nacional.
Mas a música do Chico vem de vez em quando ao meu cérebro, que também acreditava na força das flores contra os canhões, perdido no sonho infantil que cantava Vandré sem saber o que dizia, em plena época de castrações e torturas.
Agora a vida é um fato consumado e o neoliberalismo seduziu intelectuais; continuo me sentindo o boi da boiada. Quis sonhar que o boiadeiro seria eu.
Boi que passa no corredor do frigorífico, para tomar paulada de um sistema que faz com todo homem vire um suco, como na obra do Joaquim Pedro de Andrade, sem conseguir usar Black Tie, como o Leon Hirzman havia sugerido.
Que sentimento atroz não poder gritar pela calada da noite ser reservada ao descanso. E então observo "o rei da brincadeira e o rei da confusão" brigarem na roda gigante de Gilberto Gil sem poder contar para ninguém que a rosa e o espinho fazem parte do jogo, amando a Juliana junto com João e José.
O grito fica preso e o tempo passando ao meu lado diz vai trabalhar vagabundo, vai trabalhar criatura.
Vinícius ainda fala " Quem só vive para prá juntar...vai ver um dia em que fossa foi entrar, por cima uma laje, embaixo a escuridão"? É fogo irmão.
Eu gostaria de passar uma tarde em Itapuã, arguindo que em tudo ao meu amor serei atento, e quero sê-lo com tal zelo e tanto, que um dia, um dia desses num desses encontros casuais, talvez a gente se encontre, até mais.
Nós temos os mesmos defeitos, sabemos tudo a nosso respeito, suspeitos de um crime perfeito que o Gessinger sabe que não existe; penso que é melhor jogar pedra na Geni, mesmo não entendendo porque " há tanta terra e pouco dono" e "sopram ventos desgarrados, carregados de saudade", como no cancioneiro gaúcho.
Mas "nunca mais será o que se foi, nunca mais será", "pois sem direito de comer nem o que planto", peço ao Negrinho do Pastoreio que me ajude a recuperar a querência que eu perdi, e findo o pensamento a achar que "navegar é preciso, viver não é preciso".
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