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Artigos-->UM PAíS ZANGADO E EM CONFLITO? -- 05/01/2023 - 17:17 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

UM PAÍS ZANGADO E EM CONFLITO?

João Ferreira

05 de janeiro de 2023

 

Visto de dentro ou de fora, o Brasil era, até há bem pouco tempo,  um país considerado fraterno, solidário, convivente. No campo internacional, aos olhos dos membros da ONU, era uma país para apaziguar. Angola e Haiti tiveram soldados brasileiros para manter a paz nesses países. Discretamente,  colocou-se durante muito tempo na neutralidade respeitando  todos. O brasileiro era visto como convivente, como acolhedor. Seu carnaval, seu futebol, seus encantos turísticos fizeram do Brasil um país de simpatia. Este relato da história do Brasil como país e como comunidade no panorama internacional  tem sido ameaçado de se alterar.

Ao olharmos atitudes recentes que respingaram no espelho, parece haver grave mudança. Depois de quatro anos de um malfadado governo bolsonarista, a comunidade nacional parece ameaçar se esfacelar. O antigo país convivente e fraterno, alegre e solidário, parece ter sido atingido por uma zizânia que tirou a cor que o distinguia. O armamentismo levado a cabo pelo desamado ex-presidente Jair Bolsonaro, as teorias e doutrinas de conflito e de desacordo do mandante espalhadas pelo país, o radicalismo e o extremismo que os jornais e a mídia pública identificam em vários bolsões de resistência espalhados pelo país, causam alguma preocupação em relação a uma parcial perda do caráter tipicamente brasileiro, sociedade de convivência, de amor e  de trabalho.

Ao refletirmos nas notícias de hoje sobre a tomada de posse do comandante da Marinha, colocamos essa pergunta que ensaiamos no título desta nota: Um país zangado e em conflito? A notícia dada pela mídia era a seguinte: "Sem antecessor, comandante da Marinha toma posse. Almirante Garnier Santos falta à troca de comando com Olsen". Tudo isto se associa à fuga do ex-Presidente Bolsonaro para os USA no dia 30 de dezembro de 2022, entre outros motivos, para não passar a faixa da Presidência para o Presidente eleito Lula da Silva.

A educação cívica está degenerando entre políticos e  se estendendo aos simples cidadãos. Quando meninos aprendíamos a respeitar. Que sentido tem um Presidente na posse jurar respeitar as leis do país e  a Constituição que em seu artigo primeiro reafirma para o país é um Estado Democrático de Direito que tem entre seus fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa humana? O juramento é para o público testemunhar os fundamentos do poder dado pela Constituição  e ganhar o direito de acompanhar as ações do representante empossado.  No exercício da Presidência não cabe o desprezo ou a arrogânica que levem a deixar de lado as regras do jogo, as normas da cidadania e do respeito que são a alma da convivência civilizada.   Seria triste saber que um cidadão se candidatou à função apenas para usufruir as beneses do cargo se esquivando de cumprir suas obrigações totais. 

Para dissipar essa triste impressão de que alguém trabalhou para dividir o país e para colocá-lo em conflito, o Brasil encontrou na alma popular, para o dia da investidura do novo Presidente eleito,   o mais emocionante exemplo de que o povo brasileiro sabe buscar a energia necessária em suas mais íntimas forças sempre que as circunstâncias o pedem.

Aconteceu, exatamente, no momento em que Bolsonaro resolveu deixar o Brasil para não passar a faixa presidencial  a Lula da Silva no dia primeiro de janeiro de 2023. 

Uma ideia genial surgiu no meio do povo. Uma intuição nasceu  das forças conjuntas da sociedade brasileira criando uma modalidade jamais vista. 

Segundo essa intuição, a faixa seria entregue não por um ex-Presidente de triste memória, mas por um grupo de forças vivas que representariam a alma do povo.

E assim foi. Teríamos um grupo diversificado para passar a faixa em nome do "povo brasileiro. Esse grupo seria composto por: Francisco, 10 anos, negro, morador em Itaquera; Aline Sousa, 33 anos, catadora desde os 14 anos; Cacique Raoni, 90 anos, liderança caipó; Wesley Rocha, 36 anos, metalúrgico do ABC; Murilo Jesus, Professor, de Curitiba; Jucimara dos Santos, paranaense, cozinheira que fabricou pães na Vigília Lula Livre em Curtiba; Ivan Baron, que teve meningite viral aos 3 anos de idade; e FlávioPereira, artesão.

E foi assim que aconteceu. Lula recebeu a faixa das mãos de Aline Sousa, catadora, representando a entrega em nome do povo brasileiro.

Foi a coisa mais bonita que eu vi.

Depois do representativo cenário  do  grupo diversificado que passou a faixa para Lula, pensei comigo que embora os bolsonaristas extremistas ainda estejam  por aí acampados diante do QG do Exército, tramando um país zangado e  conflituoso, o grande exemplo de união e a busca de soluções pelo "grupo popular diversificado", deixa transparedcer que a força íntima do povo brasileiro é uma força de convivência, de tolerância e  de fraternidade. E embora o armamentismo e o conflitismo bolsonarista tenham causado e causem prejuízos comunitários e sociais, achamos que a lógica ensina que tenderá a enfraquecer com o tempo.

João Ferreira

05 de janeiro de 2023

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