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cronicas-->Sorriso -- 19/01/2003 - 13:40 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O sorriso chamou a atenção do homem. Um grande sorriso. No meio da multidão um sorriso bonito, um rosto vermelho e uma conversa qualquer, sobre trabalho e futuro profissional.
Ao redor muita gente, barulho e a certeza que dois seres se isolam quando o universo se distrai. Se isolam, embora não percebam. O universo, ocupado com tantos astros, busca ocupação para seus componentes, e por momentos, ainda que poucos, permite um pouco de privacidade.
O homem a garota do sorriso se transportam para uma dimensão paralela e conversam, sem perceber o passar das horas, uma vez que o tempo, dimensão criada pelos homens para tentar controlar o universo, foi deixado de lado.
O tempo entendeu que deveria ficar de fora. Não teve ciúme dos interlocutores.
A prosa, animada por corpos celestiais de outra dimensão, microcósmica, foi macro, como um balé de palavras, que entoadas simetricamente, formaram figuras em redor do par, alheio ao espetáculo de vibrações sonoras que se materializaram no espaço contínuo do espaço excerto.
Em tudo que falava nada se registrava, mas o sorriso faceiro e enigmático bombardeava os olhos do homem, que sorria por ver o sorriso da jovem.
Entretido pela distração do diálogo um elétron que passava por ali percebeu a beleza e simpatia da moçoila, mas o conjunto todo acompanhava a exalação da alegria imposta pelo sorriso. Sorriso de mil dentes bonitos e brilhantes, como placas de mármore brilhando ao sol do Equador, refletindo os raios do astro rei.
Sorriso brilhante que ofuscou algumas estrelas, que enciumadas deixaram o universo paralelo para se queixar ao senhor dos universos. O senhor dos universos, que dormia sem lembrar de suas tarefas, bocejou e aspirou um pouco de elementos cósmicos, como um grande buraco negro, vórtex incomensurável.
As queixas, magoadas e suplicantes, fizeram com que o senhor dos universos remetesse os falantes de volta ao universo comum, onde outros seres sem brilho e sem importància compartilhavam o espaço e o tempo.
A quebra da aura obrigou os dois a seguirem seus rumos, chamados por seres viventes cutucados pelo tempo e suas armações. O falar foi interrompido por um breve intervalo de tempo. Até o próximo encontro. Em busca do sorriso inenarrável e das viagens por universos paralelos.
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