Usina de Letras
Usina de Letras
131 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->A chuva e o sonho -- 19/01/2003 - 12:23 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A menina sentou na calçada, aproveitando o vento que refrescava sua carne após um dia de muito calor. O corpo carregava cristais de sal, recordações de horas ao lado de seu amado, um cheiro forte de homem nos seus cabelos.
Estava feliz com o dia, a noite, as estrelas e as luzes que aos poucos foram sumindo, escondidas pelas nuvens ligeiras que brotaram vindo do litoral.
No lugar das estrelas pingos de chuva foram chegando, lavando o corpo de Maríndia, que corria pela rua num bailado louco, saltitando entre pedras e plantas, num balé improvisado, despertando para a vida, louca expressão de quem ama.
As lágrimas de felicidade que o céu mandou molharam o corpo da jovem, deixando que o tecido e a pele fossem um só. O corpo de Maríndia recebeu o fluído natural com alegria, livrando-se do sal, espalhando o cheiro do homem por seu corpo.
O bailado durou mais de uma hora. Depois a moça correu para casa, cantando, sabendo que durante a noite receberia a visita de quem gostava, de quem a fazia delirar e gemer durante os dias e noites da pequena Chupinguaia.
Não perdeu tempo com muitas roupas, tomando apenas uma toalha macia para recolher as gotas mais atrevidas da chuva, que molharam os seios, o véu do amor e seus lindos olhos.
Os olhos de Maríndia se fecharam por um instante, preguiçosos como o corpo que caiu sobre a rede e a jovem sonhou, voando nas asas de um cavalo alado, sobre vales e matas sem fim.
O sonho se prorrogou durante a noite. Ficou mais quente, com a menina-mulher sentindo arrepios no pescoço, um calor imenso passando pelos órgãos sensoriais, um intenso desejo de voar mais alto.
Seu amado, vendo a moça na rede, fazia carícias em Maríndia, que não conseguindo despertar, imaginava loucas fantasias, envolvendo seres estranhos, mistura de homens, cavalos, águias e anjos.
Maríndia sonhou, e logo choveu de novo, fazendo com que seu corpo bailasse com altivez, num grande delírio, cortado por gritos de prazer.
Foi um despertar alucinante para a jovem, que teve apenas o tempo de olhar para o amado e repousar preguiçosamente na rede da cumplicidade, em busca de sonhos, em busca de sonhos.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui