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Poesias-->Cardápio -- 17/12/2003 - 13:42 (Ricardo França de Gusmão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A loucura está posta na mesa a teu serviço.

Você tem o poder de apagar a luz,

De comer gente,

De mastigar gente entre os dentes,

De explodir o mundo com um botão,

De ficar sozinho para sempre

Num mundo totalmente diferente

Único habitante, ermitão.



A loucura, o teu pensamento digerido,

A dor única que atormenta na boca, no siso,

Mil mandíbulas de raça humana rindo

Do teu carnaval solitário, do teu agosto,

Do teu desgosto,

Da marca de nascença em código de barras

A selar o destino: infeliz!



Tentou salvar pessoas, morreu afogado no nojo

Da multidão que te denunciou, que te deixou de lado

Na tua festa vazia, o teu escárnio.

Pega agora a faca e o garfo, engole a tua vida

Mata, suicida, a flor do lácio,

Cessa o sopro, cala a respiração,

Mas antes canta um refrão de uma canção desgraçada.



Faz da loucura o teu carnaval pessoal,

Dança na frente do espelho para ser mais um

Mais do que o nenhum que é a tua soma,

explode o angioma na cabeça,

joga confete e serpentina, mas não esqueça,

aconteça o que aconteça,

seja louco, completamente louco nessa mesa

que a tortura é a janta da fartura,

que a loucura te leva para longe

te deixa idiota

te faz acreditar em Deus

e alivia o martírio.



Se come, se morre, se devora, não chora

Automático.

E o pior, o mais enigmático,

O que ainda persiste e não desiste

É que na superfície da tua sopa

Não está a tua face.

É o desenlace, porque há muito

Você se foi.

No cardápio está a sua vida

Nada mais lhe pertence

Você não tem patente, não tem nome,

Você não é mais uma criança

Morreu, sem esperança,

Aquele que um dia, antes da patifaria,

Se chamou Ricardo França.

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