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Cronicas-->Felicidade, recordar -- 19/01/2003 - 12:15 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dizia a maluquinha ao namorado que ser feliz é fazer da vida uma grande aventura, a maior loucura, um enorme prazer. Pinçou a frase da internet, desconhecia o autor, mas sentada no meio da cama, completamente nua, não deixava margens para grandes pensamentos.
O poeta jogou pétalas de rosa sobre a musa, acendeu velas perfumadas, ensaiou um mergulho e deitou suavemente no leito de amor.
O tempo lá na rua era de leve chuva, e quem passava na pequena calçada de pedras irregulares não imaginava que dois amantes se dedicavam unicamente a arte de amar, amar e amar.
Uma velhinha simpática parou sob a janela para arrumar uma sacola com frutas adquiridas no mercadinho da esquina. Pensou ouvir um suspiro, uma frase mal pronunciada.
O som levou dona Rosa a um passado distante, em que o falecido Zenóbio correndo num campo esticava uma toalha improvisada para fazer amor.
Rosa suspirou na calçada, ouvindo os suspiros e gemidos de Leda, que afoita mordeu a orelha de Samuel.
Rosa lembrou também do dia da primeira comunhão, em que o namorado Pedro surgiu pela janela e a tornou mulher, enquanto seus pais ainda comemoravam o sacramento da filha.
Enquanto os amantes se mordiam, Rosa também lembrou de Vicente, cujo namoro foi marcado pelas aventuras no quintal da igreja, todas as noites de quinta, após a reunião dos religiosos. Papai e mamãe participavam das reuniões de trabalho, e a filha ficava aguardando durante meia hora.
Era mais do que suficiente para que o sacristão Vicente arranjasse uma desculpa e fosse encontrar a moça. Nunca foi descoberta.
Um barulho da cama, talvez uma colisão, fez dona Rosa lembrar do dia em que foi caçar com Luís Camilo, metido a poeta, que inventava canções para seduzi-la, sempre com sucesso. Luís gostava de atirar na direção dos bichos, mas apenas fingia ser um grande caçador para impressionar Rosa. E impressionava.
Depois de Luís houve também Zé Roberto, dono da pequena farmácia. Simulava doenças e dizia que gostava de tomar injeções. Seus pais ficavam esperando do lado de fora. As injeções eram doloridas, mas dona Rosa não tinha queixas de Zé Roberto.
Depois teve Zé Maria, Pelé, Tostão, Rivelino, Ditão, vários jogadores do time de várzea, os soldados de infantaria, os de cavalaria também, muitos amores, muita felicidade.
Dona Rosa olhou para a janela, ouviu um suspiro e foi passear, deixando sua filha com o namorado o resto do dia.
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