Em sonhos encontrei-me
Num grandioso jardim
Flores pra todos desejos
Violetas, orquídeas, enfim.
Brancas, azuis, amarelas.
Expostas em aquarelas
Da rosa ao vermelho carmim.
Ali confuso estava
E até embriagado fiquei
Certamente pelo perfume
Que das flores inalei.
E posso também assim dizer
Para todo meu bem querer
Pois estático ali fiquei
Vi flores de todas formas
E muitas até se transformando
Vi botões em flor se abrindo
E outras se despetalando
E vi também muitas rosas
Todas assim muito formosas
Até se desabrochando.
Era um quadro muito formoso
Pintado com o coração
Retratando todas rosas
Sem a nossa intervenção
Pois com clareza mostrava
O que até então me faltava
Para a minha percepção.
Vi tudo muito claro,
Com os olhos do coração,
Vi muitas rosas caídas,
Espalhadas pelo chão.
Muitas até pisoteadas
E sendo assim ultrajadas
Para a minha decepção.
Vi também, ali outras tantas.
Formando aquele arrebol
Distintas e altaneiras,
Como a flor do girassol.
Pois pra mim é assim a flor,
Essa essência pro meu amor
Por Deus, criada em nosso prol.
Vi também muitos rebentos
Colhidos com imprudência
Arrancados sem piedade
E sem nenhuma clemência
Por mãos inescrupulosas
Que não sabem, pois, que as rosas.
São flores por excelência.
E no pequeno devaneio
Aos poucos fui percorrendo
Aquele imenso jardim
E pouco a pouco, entendendo.
Pois não era um jardim qualquer
Cada rosa era uma mulher
Em flor se resplandecendo
Sendo assim posso afirmar
Nessa singela menção
Que as mulheres são flores
Com útero e coração
Seja mãe, irmã, companheira...
É sempre uma altaneira
Que me causa comoção.
“extraído de “cordelando com a mulher”
tin tin alves (9254 2924)
tintinalves@ig.com.br