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Contos-->Música... Meu Amor = Sob as delícias de Vivaldi... -- 20/06/2003 - 15:56 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nem só entre Deus e César está o problema...

 

Antonio Vivaldi
1678 = 1741

Músico e compositor veneziano, é actualmente considerado como um dos maiores e melhores violinistas da sua época, apesar de ter permanecido ignorado até ao dealbar do século XX, altura em que se descobriram muitas das suas composições inéditas e permitiu reapreciar a real importância e influência da sua obra.

Em 1704 iniciou prolongado exercício musical na "Ospedade della Pieta", em Veneza, instituição da qual chegou a ser director. Compôs aí muitíssimos concertos para violino, aos quais ficou a dever grande parte da fama que logrou.

Também foi autor de variadíssimos concertos para fagote, flauta, oboé, viola e diversas combinações instrumentais, assim como muitas outras composições para ópera e música coral.

Alguma da vida de Vivaldi decorreu na época de Bach, mas os dois artistas nunca se conheceram, pois não existem dados que provem que se tivessem encontrado pessoalmente. Circunstâncias diversas contribuiram para que vivessem mundos à parte, Vivaldi viajando e gozando da fama que lhe proporcionavam suas obras, e Bach vivendo obscuramente a sua actividade.

Todavia não há dúvida de que Bach conheceu muitíssimo bem as obras de Vivaldi e que, além de copiar algumas delas para seu uso pessoal, também, e conforme costume da época, transcreveu vários concertos aos quais imprimiu um diferente cunho musical. Dessa experiência, Johann Sebastian Bach arranjou dezasseis concertos para clarinete, quatro para órgão e um para para clarinetes e instrumentos de corda.

Muitas das criações de Vivaldi serviram a Bach para seu próprio desenvolvimento e se existe em certo público uma tendência para considerar o génio alemão muito superior ao italiano, tal se deve tão só à ignorância sobre o grande avanço musical que sem dúvida a acção de Vivaldi possibilitou. Ambos são génios únicos, incomparáveis e pessoais.

Curioso é que a vida e a história real foi igualmente cruel para os dois: Vivaldi morreu em Viena em miséria e obscuridade totais, e em idêntica situação morreu Bach em Leipzig, desprezado até pelos próprios filhos.

Foi devido ao interesse que a obra de Bach despertou a investigadores eruditos que se chegou à consciência do enorme compositor que foi de facto Vivaldi. Com efeito, a partir das transcrições de Bach a várias das obras de Vivaldi, encontrou-se o fio condutor que permitiu recompor com minúcia as obras de um e de outro: quem havia sido pois esse tal Vivaldi que Bach honrou transcrevendo a música?

Hoje pode-se afirmar com plena e consciente justiça que Vivaldi ocupa o sítio que deveras merece no apreço público da nossa época e tempos posteriores.

De Vivaldi e Bach, pois, devido à insalubridade mental do humano vivo, em 2003 e nas mais variadas circunstâncias e situações, o paradigma da mediocridade ambiciosa e sem escrúpulos continua com evidente descaro a viciar o mérito e a provocar a inversão de valores. Aonde vai essa gentalha?!... Para a história?... Dá vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo.

 

Torre da Guia

 

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