o trilho, vazio, não leva ao seu recanto.
tem fumaça na paisagem,
horizonte na visão.
trazei a mim,
a tua alma perene.
eu tenho um tesouro,
que dorme como um arcanjo rarefeito,
que sorri quando eu faço uma bobagem.
não é a minha vida,
não é a minha vontade.
é o único desejo que perdura.
eu tenho uma princesa,
que veio, exclusivamente,
para tecer-me um manto de amor.
a rua úmida,
o amor corroído,
não são vilões à sua altura.
que exclamar,
ainda não aprendi a dançar,
no sarau descontraído das tuas travessuras.
entenda-me, em monografia eterna,
que a tua presença abriga-me ao peito,
cinco dedos cheios de calor e saúde.
eu tenho duas belezas:
ter-lhe ajudado a pisar na terra,
e permanecer-me pronto para o teu recostar.
filha,
manancial de vaidades brilhantes,
meu plácido rancho de redenção.
amor é menor que ti.
o teu sorriso é a matéria prima,
da tua fábrica de felicidade,
em mim.
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