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Cronicas-->Trovoadas na rua -- 20/01/2003 - 00:22 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A tarde foi cessando, levando o sol para o esconderijo dos homens do outro lado da Terra. Foi assim que ela deduziu. O sol fugiu dos homens deste lado e foi para o outro, onde tantos outros aguardavam para iluminar suas vidas, plantações e esperanças.
O sol se foi e deixou uma leve chuva, que aos poucos foi encorpando e trazendo raios. Muitos raios que deixavam o dia claro, belo e perigoso de vez em quando.
No ponto de ónibus ela esperava a condução, sempre irregular, que a levaria de volta para casa, depois de um intenso dia de trabalho.
Sem proteção adequada, logo viu suas roupas coladas ao corpo, prenunciando uma gripe ou resfriado.
Foi quando passou o homem com uma capa de plástico e resolveu fazer gentileza. Em parte.
O vestido curto todo molhado já havia se tornado transparente quando Cosette foi socorrida pelo gentil passante. Entregou a capa e foi embora, sem aceitar o muito obrigado de praxe.
O homem estava feliz. Conseguira aprovação num concurso público e resolveu caminhar na chuva para comemorar.
Enquanto Cosette aguardava passaram outras pessoas desprevenidas. Uma senhora se estatelou no chão, sujando as poucas roupas que trajava. Nem aceitou ajuda dos populares, tamanho foi o mau humor.
Cosette estava protegida mas se sentia nua. Talvez por isso um inconveniente tenha ficado encostado a um poste, esperando a chuva passar sem tirar os olhos do corpo da mulher.
Cosette se sentiu melhor quando passou uma kombi e levou o homem de olhos fixos, sorriso malicioso, que não tirava os olhos de suas pernas.
Toda encharcada, viu quando o benfeitor passou novamente no ponto de ónibus, com uma capa nova e uma sombrinha. Ganhou uma sombrinha também, enquanto o homem tomou seu rumo de felicidade.
Raios esquadrejavam o céu, trovões agitavam a terra e os seus pensamentos.
Quando visualizou uma condução que a levaria de volta para casa um raio foi atraído pelo metal da sombrinha e tomou o caminho do céu, fulminada pela descarga elétrica.
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