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cronicas-->Cesária e o baile -- 20/01/2003 - 00:26 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cesária e o baile
Hamilton Lima

Cesária chegou cedo à estação de trem. Precisava ter certeza de desta vez nada atrapalharia o romance com Reginaldo. Conseguira driblar sua amiga Paquidaura.
Não conseguia esquecer o imprevisto do último verão, quando a amiga Paquidaura chegou de surpresa, exigindo chá e bolachinhas, fazendo com que as horas corressem e perdesse o trem.
Paquidaura era depressiva e só tinha uma amiga, Cesária, uma estudante que buscava, aos 22, recuperar toda uma vida perdida em cidade do interior.
Paquidaura só gostava de falar em comidas e viagens, embora nunca tivesse viajado. Gostava de falar e comer, ante uma amiga paciente, que tolerava a coitada por achar que era sua obrigação cristã.
Cesária imaginou a chegada na pequena cidade, o desembarque na estação ferroviária, Reginaldo trabalhando na barbearia...e lembrou que no último verão perdeu Roberto, irmão de Reginaldo, por causa do chá de Paquidaura.
Foi então que imaginou se realmente Paquidaura esteve em sua casa para tomar chá ou para impedir seu encontro com Roberto.
Roberto não quis ouvir desculpas, terminou o namoro com Cesária, que chorou muito e não pode ir ao baile anual dos amigos de Pirassununga. Ficou chorando nas escadarias da igreja matriz, lamentando a perda do mancebo.
Só de lembrar a pressão de Cesária subiu.
De repente passou uma dúvida atroz em relação ao comportamento da amiga Paquidaura.
E se ela estivesse interessada no Roberto? Invejosa de uma figa. Falava em comidas e queria seu namorado. Mil palavrões circularam sua cabeça revoltada.
Pensou em Paquidaura, um pouco desajeitada no 1,60 metro de altura e confortáveis 130 quilos. Ah, a piedade havia terminado. Ladra de felicidade.
Tanto tempo deu corda para Paquidaura e agora descobria todo o potencial de inveja da mulher. Ódio, ódio e ódio.
Enquanto imaginava tudo isso o trem chegou. Tomada de raiva, ficou remoendo atitudes represssivas contra Paquidaura. O trem partiu sem que percebesse.
Quando tomou ciência do fato atribuiu a culpa a Paquidaura. Maldita falsa amiga.
Tomou o rumo de casa pensando em assassinato.
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